Bicampeão mundial e líder do ranking, Medina chegou em Tóquio com a condição de um dos favoritos. Depois de perder a semifinal para o japonês Kanoa Igarashi, o brasileiro ficou perto de levar o bronze, mas não conseguiu. Ele terminou a bateria com o somatório de 11,77 contra 11,97 do australiano.
Medina deu uma entrevista rápida após a disputa pelo bronze e não escondeu o abatimento. Ele sinalizou que não concordou com as decisões dos juízes, tanto na semifinal, como na disputa pelo bronze.
“Infelizmente não deu. Vou voltar pra casa e descansar. É difícil passar o ano treinando e se esforçando e acontece isso. Minha parte eu fiz. Tem coisas que não dá para entender, mas tinha que ser assim”, lamentou o brasileiro, em entrevista à TV Globo.
“Aconteceu tanta coisa que o que vier é lucro. Estou mais preocupado em surfar e fazer meu melhor. É difícil esperar dos outros”, acrescentou ele, ainda contrariado com a decisão do COB de vetar a ida de sua mulher, Yasmin Brunet, a Tóquio.
Na disputa, Owen Wright conseguiu um 6,50, a primeira nota boa da bateria – ele já tinha um 2.10. Medina arrancou um 5,43, seguido de um 3,07. Precisando de 3,18 para virar, o surfista paulista foi vendo o tempo passar e as ondas não vinham.
A 12 minutos do fim, o bicampeão mundial entrou numa direita de longo alcance, recebeu 5,43 e conseguiu a virada. Só que o australiano encontrou uma onda de 5,47 e retomou a ponta.
Com o placar apertado, os dois se arriscaram no final. Owen pegou uma onda de 5,47 e Medina respondeu com um 5,77, mas não conseguiu a virada. O brasileiro, em seguida, acertou um lindo aéreo, mas a nota não foi a esperada. Ele recebeu 6,00, insuficiente para vencer a bateria, já que precisava de um 6,21.
Resta aos brasileiros torcerem para Ítalo Ferreira, que compete na final em busca do ouro nesta madrugada contra o japonês Kanoa Igarashi.
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