O Ministério Público do Paraná, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Francisco Beltrão, lançou nesta quarta-feira, 13 de setembro, a Operação Paraguaçu. A ação tem como foco a investigação de um ex-prefeito de Nova Prata do Iguaçu e outros envolvidos em supostos crimes de fraude em licitações, associação criminosa, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro.
Mandados e Apreensões
Foram expedidos 36 mandados de busca e apreensão e 20 de busca pessoal em diversas cidades, incluindo Francisco Beltrão, Realeza, Dois Vizinhos, Chopinzinho, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Curitiba. Duas medidas cautelares distintas da prisão também foram aplicadas, incluindo o afastamento das funções e a proibição de contato com testemunhas.
Irregularidades e Crimes
As investigações começaram em 2021 e apontaram que o ex-prefeito, que serviu duas gestões entre 2013-2016 e 2017-2020, teria autorizado, nos últimos dias de seu mandato, dispensas de licitação para o conserto de maquinário pesado, direcionando a contratação para uma empresa específica. O pagamento foi realizado, mas o serviço nunca foi executado. Várias outras irregularidades e indícios de crimes também foram identificados, principalmente em licitações para pavimentação asfáltica.
Coordenadores e Colaboradores
Segundo informações, os atos ilícitos seriam coordenados pelo cunhado do ex-prefeito, que possui uma empresa de construção civil registrada em seu nome e outra em nome de um “laranja”. Funcionários municipais do setor de licitações também estariam envolvidos no esquema. O ex-vice-prefeito de Nova Prata do Iguaçu e seus familiares estão sob investigação por possível envolvimento em contratos irregulares relacionados ao fornecimento de combustível e serviços médicos.
Próximos Passos
Documentos, celulares e computadores apreendidos durante a operação serão analisados para fornecer mais informações sobre o escopo e os participantes no suposto esquema de corrupção.
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