O Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR), deflagrou nesta quarta-feira (13) a Operação Tanque Cheio, que apura irregularidades na compra de combustíveis pela Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu, no Centro-Sul do estado.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na cidade, incluindo a sede do Legislativo, um posto de combustíveis e as residências dos investigados. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo Criminal de Quedas do Iguaçu.
Durante as diligências, três pessoas foram presas em flagrante: duas por posse ilegal de armas e munições, e uma por obstrução de justiça em crime de organização criminosa, após tentar destruir um celular jogando-o no vaso sanitário. Também foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos, que passarão por perícia.
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Investigação aponta superfaturamento
A apuração teve início em abril de 2023, após denúncia anônima sobre superfaturamento de notas fiscais. As diligências preliminares identificaram irregularidades no consumo de combustível da frota do Legislativo. Entre janeiro de 2021 e abril de 2025, foram registrados 85 mil litros abastecidos, com custo de quase R$ 700 mil, valor acima do praticado por Câmaras de cidades de porte semelhante.
Medidas judiciais
Além das buscas, a Justiça determinou o afastamento do presidente da Câmara Municipal de Quedas do Iguaçu por 90 dias e o bloqueio de R$ 500 mil dos investigados.
O Gaeco informou que a investigação prossegue para apurar responsabilidades e eventuais desvios, com análise do material apreendido.
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