Nésio Alves Corrêa, o Gildinho, ícone da música tradicionalista gaúcha, faleceu neste sábado (11), às 17h15, após lutar contra o câncer por 20 anos. O velório será realizado neste domingo (12), no CTG Sentinela da Querência, em Erechim.
Perda de um ícone da música gaúcha
O Rio Grande do Sul se despede de um dos seus maiores representantes da música regional: Nésio Alves Corrêa, conhecido como Gildinho, fundador do renomado grupo Os Monarcas. Aos 82 anos, Gildinho faleceu devido a complicações de saúde relacionadas ao câncer, uma batalha que enfrentava desde 2003, quando foi diagnosticado com um tumor na tireoide. Nos últimos meses, a saúde do artista agravou-se, e ele foi internado em 20 de novembro no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, apresentando sangramentos e dores ósseas. Durante a internação, foi detectado um novo tumor na próstata.
Carreira e legado de Gildinho com Os Monarcas
Fundado em 1972, o grupo Os Monarcas é um dos pilares da música tradicionalista gaúcha. Sob a liderança de Gildinho, o grupo gravou 50 álbuns, conquistou 10 discos de ouro e foi reconhecido nacionalmente com prêmios como o extinto Prêmio Sharp e o Prêmio Açorianos (quatro vezes). Além disso, o artista recebeu homenagens importantes, como o Troféu Guri, do Grupo RBS, e a Medalha do Mérito Farroupilha, concedida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Gildinho também teve a honra de ser patrono da Semana Farroupilha, reafirmando seu papel como uma das figuras mais importantes da cultura regional. Apesar dos desafios de saúde, o “taura da moda antiga” seguia nos palcos, levando a música e a tradição gaúcha a milhares de fãs.
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Homenagens e despedida
A filha de Gildinho, Sandra Márcia Borges Corrêa, compartilhou emocionada:
“Ele já não conseguia se expressar, mas fazia um esforço para cantar o tempo todo. Movia as mãos como se estivesse com a gaita e olhava para a gente. Foi um guerreiro, enfrentou tudo com bravura.”
Gildinho deixa a esposa, Santa, e as filhas Gisele, Sandra e Sibelly. Seu velório será realizado neste domingo (12), a partir das 9h, no CTG Sentinela da Querência, em Erechim. A cerimônia reunirá familiares, amigos e admiradores que desejam prestar sua última homenagem.
Um legado eterno
A trajetória de Gildinho é um exemplo de dedicação à cultura gaúcha. Humilde, solidário e sempre disposto a ajudar, ele será lembrado não apenas pelo seu talento, mas também pela sua humanidade. Seu legado, consolidado em décadas de música e devoção à tradição, permanecerá como uma inspiração para gerações futuras.
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