Nesse contexto, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), leu aos colegas uma recomendação do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, segundo quem convocar a subprocuradora-geral, Lindôra Araújo, seria uma “afronta ao Ministério Público sem precedentes na história do Brasil”. O lembrete foi de que a CPI não pode convocar ministros do Supremo Tribunal Federal, membros do MP, e juízes para falar sobre atividade-fim.
Diante das ressalvas, o presidente da CPI recomendou que o Girão averiguasse antes se o diretor-geral aceitaria falar à CPI. “Após a chegada de informações que foram requeridas à PF, nós podemos avaliar”, sugeriu também o senador Izalci Lucas (PSDB-DF).
A motivação de Girão, que é governista, em pedir o depoimento de Maiurino tem como contexto o esforço de aliados ao governo para que a CPI direcione seu foco as suspeitas de desvios de recursos públicos em Estados e municípios, que deveriam ser dirigidos ao combate à pandemia.
“É bom saber se o diretor quer vir falar sobre o assunto, não sei se ele pode vir à CPI falar de inquéritos policiais. Nem sei se ele tem conhecimento de todos os inquéritos abertos, acho que nem tem”, destacou Aziz.
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