“O campeão voltou”, disse o novo presidente da GM na América do Sul e Brasil, Santiago Chamorro, na manhã desta quarta-feira, 22, em sua primeira conversa com um grupo de jornalistas brasileiros após assumir o cargo, em 31 de agosto.
Ele ainda está nos Estados Unidos, preparando a volta ao País, e fez o anúncio online.
O executivo presidiu a filial brasileira entre 2013 e 2016, e ocupava, na sede da matriz em Detroit, o posto de vice-presidente da divisão global de serviços conectados antes de ser escolhido para suceder Carlos Zarlenga, que deixou a companhia.
A fábrica de Gravataí, onde é produzido o Onix, ficou quase dois meses paralisada em razão da falta de chips, problema que atinge montadoras de todo o mundo. A de São Caetano, que produz Tracker, Spin e Onix Joy, suspendeu a produção por mais de dois meses, período em que também realizou obras para o início da produção da nova Montana, em 2022.
Volatilidade de abastecimento prossegue
Chamorro disse que os problemas de suprimento de semicondutores e outros componentes prosseguem, mas o grupo trabalha para administrar a volatilidade de abastecimento da melhor forma possível.
“Há um trabalho gigantesco, de forma global, para redesenhar nossa manufatura de produtos e a cadeia de logística de suprimentos”, afirmou o executivo.
O objetivo é tentar depender menos de poucos fornecedores concentrados na Ásia.
A partir das próximas duas semanas, as três fábricas de automóveis da marca no País estarão trabalhando em dois turnos – a de São José dos Campos (SP), onde são feitos a picape S10 e o SUV Trailblazer já operava nessas condições.
Só com a operação em um turno nas unidades do Rio grande do Sul e do interior paulista, a partir de meados de agosto, a marca já conseguiu alcançar 12% de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves neste mês (até terça-feira,21), informa Chamorro.
Nos últimos meses a fatia estava na casa do 7%, já que o Onix era o carro mais vendido da marca e campeão de vendas no País por vários anos.
“A retomada da produção mais acelerada a partir de agora é um bom momento para ampliar nossos esforços para criar na região um negócio auto sustentável”, afirmou o executivo colombiano.
A GM registra prejuízos na América Latina há vários anos seguidos.
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