Gore, que é presidente da gestora voltada à sustentabilidade Generation Investment Management, afirmou que os desafios climáticos representam, ao mesmo tempo, riscos ao comportamento dos ativos tradicionais e “a melhor oportunidade de investimentos da história”. “A revolução sustentável tem o potencial para remodelar o mundo completamento para o melhor, ao transformar nossas relações com empresas, meio ambiente e entre humanos”, destacou.
Segundo o ex-vice-presidente americano, na última década, eventos climáticos extremos custaram US$ 2,5 trilhões à economia global, aumento de mais de US$ 1 trilhão em relação aos dez anos anteriores. Ele citou dados que mostram que a humanidade emite 162 milhões de toneladas poluentes na atmosfera por dia. “O impacto da crise climática piora mais rapidamente do que antigamente”, comentou.
Para Gore, agentes do mercado deveriam seguir o exemplo de vários governos e se comprometer com emissão zero de carbono até 2050. “O mundo merece a liderança no sistema financeiro para lidar com a crise climática”, ressaltou.
No mesmo evento, a Secretária-Executiva do Secretariado para a Convenção em Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas (ONU), Elizabeth Mrema, afirmou nesta quarta-feira que o setor financeiro no mundo tem um papel importante para a conservação ecológica e deveria atuar mais inclusive com o foco em negócios nesta área.
“Deveria haver mais atenção para as oportunidades de investimentos em biodiversidade em vários segmentos, como uso de terras e sistemas de produção de alimentos, que geram bons retornos”, disse Elizabeth Mrema durante a conferência global Green Swan de coordenação do setor financeiro com questões climáticas, promovida pelo BIS.
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