Na noite de quarta-feira (1º/5), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, conduziu uma coletiva de imprensa na sede da Defesa Civil estadual em Porto Alegre, para discutir a situação emergencial provocada pelas intensas chuvas que têm assolado o estado desde segunda-feira (29/4). Durante a coletiva, foi ressaltada a gravidade das condições meteorológicas e o aumento do risco em áreas já afetadas por eventos semelhantes em 2023.
O governador alertou sobre a necessidade de evacuação imediata dos residentes em áreas de risco, especialmente aqueles que vivem em locais que já foram impactados pelas chuvas do ano passado. “Infelizmente, a situação deste ano deverá ser pior que a de 2023. Com o aumento previsto nos níveis dos rios, é crucial que as pessoas busquem abrigo seguro e evitem áreas propensas a inundações e deslizamentos”, declarou Leite.
A coletiva também focou na resposta do governo à crise, incluindo a ativação do Gabinete de Crise e a mobilização de recursos e pessoal para as áreas mais afetadas. “Estabelecemos pontos focais em regiões vulneráveis para manter a comunicação eficaz e responder prontamente às necessidades das comunidades”, explicou o governador.
A Defesa Civil enfatizou a importância de levar a sério as instruções e alertas emitidos, especialmente com a previsão de que as condições podem piorar nos próximos dias. Relatórios da Sala de Situação indicam aumentos significativos nos volumes dos rios Jacuí, Pardo, Taquari e Caí, com expectativa de que as regiões Norte e Nordeste do estado comecem a sentir os efeitos nos próximos dias.
Além disso, foi mencionado que barragens no estado estão sob vigilância constante. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) relatou que, embora não haja risco iminente de rompimento, essas estruturas são monitoradas devido à sua capacidade limitada de regular grandes fluxos de água. Os planos de emergência já estão ativados, e as autoridades municipais de Defesa Civil estão alertas para responder a qualquer incidente.
A situação continua sendo monitorada de perto pelo governo do Rio Grande do Sul, que se comprometeu a fornecer atualizações regulares e apoio contínuo às comunidades afetadas.
Municípios que deverão ser mais afetados por enchentes
- Agudo
- Alegrete
- Arroio do Meio
- Bom Princípio
- Bom Retiro do Sul
- Cachoeira do Sul
- Campo Bom
- Candelária
- Canudos do Vale
- Cerro Branco
- Colinas
- Cruzeiro do Sul
- Encantado
- Estrela
- Feliz
- Forquetinha
- General Câmara
- Harmonia
- Jaguari
- Lajeado
- Marques de Souza
- Montenegro
- Muçum
- Novo Cabrais
- Novo Hamburgo
- Paraíso do Sul
- Pareci Novo
- Parobé
- Pouso Novo
- Relvado
- Restinga Sêca
- Rio Pardo
- Roca Sales
- Santa Cruz do Sul
- Santa Tereza
- São Jerônimo
- São Leopoldo
- São Sebastião do Caí
- São Sepé
- Sinimbu
- Taquara
- Taquari
- Travesseiro
- Triunfo
- Vale do Sol
- Vale Real
- Venâncio Aires
- Vera Cruz
Barragens em situação de emergência
- UHE Castro Alves (Nova Roma do Sul)
- UHE Monte Claro (Bento Gonçalves)
- UHE 14 de Julho (Santa Tereza)
Pode atingir: Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Lajeado e Arroio do Meio - UHE Dona Francisca (Dona Francisca)
Pode atingir: Faxinal de Soturno, São João do Polêsine, Agudo, Paraíso do Sul, Restinga Seca, São Sepe, Formigueiro e Cachoeira do Sul - Complexo Toropi
Pode atingir: São Pedro do Sul, Mata e Toropi - Barragem de Putinga
Rodovias interditadas no Rio Grande do Sul segundo boletim da PRF, atualizado em 01 de maio as 14:20h
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