Governo avalia retorno do horário de verão

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou nesta quinta-feira (19) a volta do horário de verão no Brasil, medida que, se adotada, poderá entrar em vigor ainda em 2024. No entanto, o governo federal ainda está avaliando o cenário antes de tomar uma decisão final. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, uma definição deve ocorrer nos próximos dez dias.

Silveira ressaltou que a adoção do horário de verão será cuidadosamente analisada, principalmente devido à crise hídrica que o país enfrenta. Ele afirmou que, embora a recomendação do ONS aponte para uma medida prudente, não há risco energético em 2024, graças ao planejamento em vigor. No entanto, a análise deve levar em conta o futuro, com foco em 2025 e 2026.

Impactos do horário de verão

A recomendação do ONS é baseada em dados sobre o déficit hídrico que o Brasil enfrenta. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), os índices pluviométricos nacionais de 2023 foram os mais baixos desde 1950. A adoção do horário de verão poderia ajudar a reduzir a necessidade de acionamento do parque térmico entre 18h e 21h, período em que o consumo de energia é mais elevado.

Mesmo assim, o ministro demonstrou cautela. Ele destacou que o horário de verão, embora tenha vantagens econômicas e contribua para a sustentabilidade energética, deve ser analisado com serenidade, considerando alternativas e ouvindo os setores da sociedade afetados pela medida.

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Planejamento a longo prazo

Silveira explicou que, apesar da tranquilidade em relação à segurança energética em 2024, o governo precisa considerar o impacto da medida em 2025 e 2026, garantindo que o sistema elétrico continue estável. Ele citou o exemplo do Canadá, que adota o horário de verão como parte de sua estratégia de sustentabilidade, e apontou a importância de um planejamento baseado na ciência.

A decisão sobre o horário de verão será tomada em breve, levando em consideração o impacto sobre a vida dos brasileiros, as questões técnicas de geração e transmissão de energia, e o feedback de setores estratégicos da economia.

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