O Chile, onde a pandemia já matou mais de 30 mil pessoas, realiza um dos processos de vacinação mais bem-sucedidos do mundo. Mais de 11,2 milhões dos 19 milhões de habitantes já receberam ao menos uma dose das vacinas. “Embora tenhamos visto alguma estabilização dos casos e, em algumas regiões, tendências positivas, a região metropolitana nos preocupa mais pelo número de habitantes e de leitos críticos”, disse a subsecretária de Saúde, Paula Daza.
Segundo o Ministério da Saúde, a situação hospitalar em Santiago está no limite, com 98% dos leitos de UTIs ocupados, apesar de alguns de seus bairros estarem em regime de confinamento total há mais de nove semanas.
A disponibilidade de camas, segundo Daza, é um elemento importante com a chegada do inverno, uma vez que, com as baixas temperaturas, as pessoas tendem a permanecer em locais fechados em vez de ficarem ao ar livre e a ventilação dos espaços é reduzida, uma situação que pode levar a um aumento de casos.
É a terceira vez em 14 meses de pandemia que as autoridades chilenas tomam essa medida, em um dia em que foram registrados 7,7 mil novos casos e 198 mortes por covid-19, totalizando 1,453 milhão de infectados e 30,3 mil mortes desde a detecção do primeiro caso, em 3 de março de 2020. A vacinação em massa no Chile começou no dia 3 de fevereiro. Atualmente, é a vez dos maiores de 22 anos. A partir de 21 de junho, adolescentes a partir de 12 anos começarão a ser vacinados.
Nesta quinta-feira, o Instituto de Saúde Pública (ISP) aprovou o uso emergencial da vacina da Johnson & Johnson, que chegará por meio do mecanismo internacional Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Esta vacina de dose única é a quinta aprovada pelas autoridades chilenas e se junta às que já estão sendo aplicadas: Sinovac (17,1 milhões), Pfizer/BioNTech (4,5 milhões), AstraZeneca (693,6 mil, também por meio da Covax) e CanSino (300 mil), acrescentando um total de 22,7 milhões de doses que já chegaram ao país.
Consultadas a respeito da variante delta, que já foi identificada em países vizinhos, como Argentina e Peru, as autoridades confirmaram que ela ainda não foi identificada no Chile, que permanecerá com suas fronteiras fechadas pelo menos até 30 de junho. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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