Doria projetou retorno de R$ 810 milhões e geração de 8.500 empregos temporários, com base em dados de 2019, último ano em que São Paulo recebeu a prova. “Segundo estudos da FGV, o impacto financeiro e a geração de empregos são resultados diretos do GP de São Paulo. São resultados que nós adotamos, prefeitura e governo do Estado, em fazer o GP em um feriado, aumentando o tempo de exposição, permanência e de geração de receita e emprego na capital de São Paulo, região metropolitana e em todo o estado”, disse o governador.
Presente na mesma coletiva, o secretário de turismo, Vinicius Lummertz, foi além nas contas. “O impacto econômico de 810 milhões, se projetado e corrigido pela inflação para este ano, poderá chegar perto de R$ 1 bilhão, porque ampliamos a capacidade de público do autódromo. Este valor será superado neste ano”, afirmou o secretário. Os dados referentes ao GP deste ano serão informados na segunda, após novo estudo da FGV.
A expectativa da organização é de que o GP deste ano receba 20% a mais de público do que em 2019. Na ocasião, os três dias de eventos totalizaram cerca de 150 mil torcedores no Autódromo de Interlagos. Com o aumento de capacidade estabelecido para a edição deste ano, a estimativa é de receber até 170 mil pessoas no circuito.
Desde que a renovação de São Paulo com a Fórmula 1 foi confirmada, no fim de 2020, as autoridades ligadas ao evento vêm demonstrando maior preocupação em divulgar os números referentes ao impacto econômico do GP. Isso porque gerou polêmico quando foi anunciado que a Prefeitura iria desembolsar R$ 100 milhões à empresa MC Brazil Motorsport Holding Ltda para a realização da prova por cinco anos, entre 2021 e 2025.
A este valor se soma o que o governo paga para a própria Fórmula 1 pelo direito de receber a corrida. As cifras não são reveladas pelas partes por questões de confidencialidade. Mas estima-se que a categoria tenha cobrado US$ 125 milhões, cerca de R$ 689 milhões pelo câmbio atual.
Nesta quarta, Doria reforçou a importância da renovação do contrato com a F-1 e voltou a criticar a disputa com o Rio, que tomou conta das manchetes sobre automobilismo nos últimos dois anos. “Eu disse que não perderíamos a Fórmula 1. Falei isso com o Bruno Covas (ex-prefeito de SP) aqui do meu lado. Até contrariei o presidente da República. A Fórmula 1 está em São Paulo e vai estar por mais dez anos”, disse o governador. O contrato é de cinco anos, renováveis por igual período.
Empolgado pela proximidade do grande evento, Doria indicou que a cidade poderá receber outros eventos de automobilismo e de motociclismo no futuro. “Já estamos tentando viabilizar que outras categorias internacionais possam vir para SP. O objetivo é estimular os promotores privados, como é o caso da F-1, que venham para SP usar nosso autódromo. Cito também o motociclismo”, afirmou.
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