O diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein, confirmou a informação ao Estadão. “Na Copa do Brasil, foram estabelecidas diretrizes técnicas aceitas pelo Grêmio e pelo Flamengo, em que os jogos não teriam público no retorno se na ida não tivesse direito a público. O Flamengo interrompeu esse entendimento”, disse.
Hein ainda afirmou que o jurídico do clube foi consultado e, após analisar a situação, sugeriu aquilo que imaginam ser a resposta adequada. No entanto, deixou claro que a sugestão do setor, que atua em caráter consultivo, pode não ser acatada. “O que o Grêmio fará, como vai deliberar, essa é uma questão do presidente do clube, do seu conselho de administração. Nossa recomendação é que não jogue.”
Apesar disso, o diretor apontou que “normalmente nestes seis anos, as nossas sugestões tem sido acatadas”. Mais cedo, em entrevista à Rádio Guaíba, Hein declarou que o Flamengo “vive em um mundo à parte”. “Há regras a cumprir e nossa capacidade de conviver é pelas regras. A CBF diz que não haverá público em nenhum dos jogos e isso vale para nossa vida comum. Se não, vira o caos. Se o Grêmio não entrar em campo, estará cumprindo a regra da CBF. Vamos ganhar uma medalha”, disse.
Na manhã desta quarta, 19 das 20 equipes da Série A chegaram a um consenso e decidiram que o Brasileirão seguirá sem público em setembro. Apenas o Flamengo, que obteve uma liminar junto ao Superior Tribunal de Justiça Deportiva (STJD) para colocar torcedores em “eventos-teste” no Maracanã, se recusou a mandar um representante à reunião. Os clubes planejam acionar o STJD para derrubar a liminar.
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