Nesta segunda-feira (15), professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica de todo o Brasil iniciaram uma greve nacional. A decisão veio após a rejeição de uma proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que foi apresentada na última Mesa Setorial Permanente de Negociação, realizada na quinta-feira.
No Paraná, a mobilização inclui docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a oferta do governo federal consistiu em um reajuste salarial de zero por cento, com aumentos apenas em benefícios como o auxílio alimentação, que subiria de R$ 658 para R$ 1000, e a assistência pré-escolar, de R$ 321 para R$ 484,90, além de um aumento de 51% no valor da saúde suplementar.
Os docentes, no entanto, reivindicam um reajuste salarial de 22,71%, dividido em três parcelas de 7,06%, a serem implementadas nos anos de 2024, 2025 e 2026. Essa demanda faz parte de uma pauta nacional unificada que busca melhores condições de trabalho e reconhecimento da importância do setor educacional.
Em resposta à greve, o Ministério da Gestão informou que formalizou a proposta apresentada e assumiu o compromisso de abrir, até julho, todas as mesas de negociação específicas de carreiras para tratar as demandas e buscar acordos favoráveis aos servidores. O órgão destacou que já existem dez mesas discutindo reajustes para a educação, com acordos já consensualizados, e outras oito em andamento.
A greve dos professores federais destaca as tensões entre as demandas dos trabalhadores educacionais e as ofertas do governo, num contexto de busca por valorização profissional e garantia de direitos. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos enfatizou que permanece aberto ao diálogo com os servidores de todas as áreas, mas não comentará os processos de negociação em curso.
A paralisação nas instituições federais é um reflexo da crescente insatisfação com as condições atuais, e a resolução deste impasse é crucial para o futuro da educação superior pública no Brasil.
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