A alimentação no domicílio desacelerou o ritmo de alta de 0,47% em abril para 0,23% em maio, sob impacto, principalmente, de reduções nos preços das frutas (-8,39%), cebola (-7,22%) e arroz (-1,14%).
Por outro lado, as carnes ficaram 2,24% mais caras, acumulando um aumento de 38% nos últimos 12 meses.
Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, as carnes sobem por uma pressão de custos de produção, uma vez que a ração animal está mais cara com o avanço na cotação de grãos no mercado internacional, mas também pela alta nas exportações, especialmente voltadas para a China, o que restringe a oferta do produto no mercado doméstico.
A alimentação fora do domicílio subiu 0,98% em maio, acelerando em relação a abril, quando a alta foi de 0,23%. O lanche ficou 2,10% mais caro em maio, enquanto a refeição fora de casa aumentou 0,63%.
“Pode ser uma inflação de custos, especialmente de alta de custos das proteínas, e também pela melhora relativa do cenário da pandemia e da retirada das medidas de restrição”, justificou Kislanov. “Agora em maio, com leve melhora (na pandemia), pode ser que tenha tido uma melhora na demanda pelo lanche fora de casa”, completou.
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