Os preços dos alimentos consumidos no domicílio aceleraram de 0,15% em junho para 0,47% em julho. “Contribuíram para essa aceleração as altas do leite longa vida (4,09%), do frango em pedaços (3,09%), das carnes (1,74%) e do pão francês (1,81%)”, diz a nota divulgada pelo IBGE.
Alguns itens com deflação evitaram uma alta maior nesses preços em julho. No IPCA-15 de julho, permanecem em queda os preços da cebola (-15,94%), da batata-inglesa (-14,77%), das frutas (-1,33%) e do arroz (-1,14%).
Na alimentação fora do domicílio (0,52%), tanto o lanche (0,55%) quanto a refeição (0,53%) desaceleraram em relação a junho, quando registraram altas de 1,67% e 0,86%, respectivamente, informou o IBGE.
Combustíveis
O esperado arrefecimento nos preços de combustíveis veio no IPCA-15 de julho, mas a alta nas passagens aéreas contribuiu para deixar o grupo Transportes, com avanço de 1,07%, como o segundo maior impacto de alta do indicador, contribuindo com 0,22 ponto porcentual do aumento agregado de 0,72%. Os preços de combustíveis subiram 0,38% no IPCA-15 de julho, ante elevação de 3,69% em junho.
As passagens aéreas ficaram 35,64% mais caras, adicionando 0,11 ponto ao IPCA-15 de julho, uma forte aceleração ante a queda de 5,63% registrada na leitura de junho.
Também puxaram a alta dos preços do grupo os transportes públicos (4,14%), segundo o IBGE. O ônibus urbano subiu 0,16%, com o reajuste de 5,49% nas tarifas em Porto Alegre, a partir de 2 de julho. A alta de 0,15% no ônibus intermunicipal também foi influenciada pelo reajuste de 4,83% em Porto Alegre, a partir de 1º de julho.
“Os veículos próprios, que haviam subido 0,32% em junho, tiveram alta de 0,73% em julho. As motocicletas (1,93%), os automóveis usados (1,26%) e os automóveis novos (0,30%) permaneceram em alta e contribuíram conjuntamente com 0,04 ponto no índice do mês”, diz a nota do IBGE.
Também houve elevação de preços em produtos e serviços associados aos transportes, como pneu (2,76%), seguro voluntário de veículo (1,95%) e conserto de automóvel (0,40%). “A alta de 2,44% de pedágio foi influenciada por reajustes em diversas praças, a partir de 1º de julho, em São Paulo (3,11%) e em Curitiba (0,33%)”, diz a nota do IBGE.
Os preços dos combustíveis desaceleraram a 0,38%, ante os 3,69% registrados no IPCA-15 de junho. A gasolina subiu 0,50% em julho e acumula alta de 40,32% em 12 meses, informou o IBGE.
Saúde
Como esperado, a redução nos preços dos planos de saúde, determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), evitou um avanço ainda maior no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de julho. O grupo Saúde e cuidados pessoais recuou 0,24%, contribuindo negativamente com 0,03 ponto porcentual na alta de 0,72% no agregado do IPCA-15 de julho.
Segundo o órgão, a queda nos preços dos planos de saúde decorre da redução de 8,19% autorizada pela ANS em 8 de julho, “com vigência retroativa a maio de 2021 e cujo ciclo se encerra em abril de 2022”. “Desse modo, no IPCA-15 de julho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio, junho e julho”, diz a nota divulgada pelo IBGE.
Os preços do grupo Comunicação também tiveram ligeiro recuo, com queda de 0,04% no IPCA-15 de julho.
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