O projeto, de autoria dos deputados Filipe Soares (DEM) e Márcio Gualberto (PSL), foi retirado de pauta porque os parlamentares fizeram emendas ao texto original. Por regra regimental, quando isso ocorre, o texto precisa ser novamente analisado pelas comissões da Casa. Ao longo da tarde, militantes antivacina pediram, pelas redes sociais, que quem fosse contra o passaporte deveria acompanhar a votação na Alerj.
Parte deles conseguiu entrar para acompanhar a votação nas galerias. Muitos não queriam usar máscaras, causando tumulto dentro do prédio. Do lado de fora, como mostram imagens que circulam na internet, os manifestantes que não conseguiram entrar tentaram forçar a entrada no prédio. Os seguranças foram acionados.
Segundo a Alerj, o limite máximo de ocupação das galerias, estabelecido pelo Corpo de Bombeiros, já tinha sido atingido e muitos estavam sem máscaras. A Alerj esclareceu ainda que, no dia anterior à votação do projeto, a presidência da Assembleia combinou com os autores do PL que a votação só poderia ser acompanhada das galerias se o uso da proteção facial e o limite de público fossem respeitados.
Projeto é contra passaporte da vacinação
O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), exigiu respeito às normas em vigor na casa, lembrando que a pandemia continua e há uma nova variante do vírus, a Ômicron. O deputado Márcio Gualberto (PSL), um dos autores do PL, pediu desculpas aos colegas pela confusão. Dirigindo-se aos manifestantes nas galerias afirmou:
“A gente precisa dar o exemplo. Não existe possibilidade de a democracia frutificar se não houver respeito. Aqui na Alerj todos os debates estão sendo permitidos. Não há necessidade disso.”
O novo PL é contrário ao passaporte de vacinação no Estado. Desde o início do mês, na capital, a prefeitura ampliou a obrigatoriedade da apresentação da carteira de vacinação para vários estabelecimentos.
“O Rio de Janeiro foi uma das primeiras capitais a reforçar, junto ao Ministério da Saúde, a importância do passaporte vacinal para turistas”, informou, em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio. “Desde o dia 2 de dezembro, o município do Rio ampliou a exigência do passaporte vacinal em locais e serviços, entre eles hotéis e outros tipos de hospedagem”, acrescentou a pasta.
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