Na semana passada, marcada pelo Dia Internacional da Democracia da Organização das Nações Unidas (ONU), vários destes grupos realizaram encontros com nomes que vão do ex-candidato presidencial pelo PT em 2018, Fernando Haddad, até o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Uma das iniciativas, o Direitos Já, promoveu neste fim de semana uma “Vigília pela Democracia Brasileira” com a participação de artistas e líderes políticos brasileiros, bem como de ex-governantes estrangeiros.
Segundo o coordenador do grupo, o sociólogo Fernando Guimarães, a ideia do encontro foi a de representar a construção de uma “frente ampla pela democracia”. “Para nós brasileiros, a data (o Dia Internacional da Democracia) não é motivo de comemoração, mas de luta, num momento tão difícil”, disse.
Diferentemente do Direitos Já, o Derrubando Muros tem entre seus objetivos buscar pontos de convergência para a construção de uma possível “terceira via” eleitoral em 2022. O grupo conta com quase 100 integrantes, entre empresários, intelectuais, comunicadores e até banqueiros.
“A gente se constituiu juntando pessoas sem vinculação partidária. A nossa razão de existir é que a gente viu, já no começo da pandemia, que não existia preocupação com a governança (no Executivo federal). Nós, enquanto cidadãos, estávamos preocupados e buscamos apoio uns nos outros. O primeiro movimento foi de autodefesa”, conta o sociólogo e empresário José César Martins, coordenador do grupo.
Gestão. Já o Pessoas à Frente é uma iniciativa com foco na melhora da gestão de pessoas do Estado, nas três esferas. O grupo é mantido por três organizações não-governamentais: a Fundação Lemann, ligada ao empresário Jorge Paulo Lemann; o Instituto Humanize, que atua na área de filantropia e é presidido pelo empresário José Roberto Marinho, e o Instituto República.org, um think-tank.
“Essas fundações se uniram para trabalhar em prol de uma pauta republicana a nível nacional, mas não restrita ao governo federal”, disse Francisco Gaetani, que é presidente do Conselho de Administração do República.org. “A crise entre os Poderes agrava (os problemas) e prejudica a prestação dos serviços públicos. Estamos vivendo uma certa paralisia na administração em função desse confronto. Nós cavamos um buraco muito fundo, e não vamos sair dele de uma hora para a outra”, afirmou Gaetani.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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