Segundo Guedes, a primeira “desgraça” apregoada por pessoas fora do governo foi a ausência de uma base de apoio no Congresso Nacional. “Quando vem a doença (covid-19), gritam genocida, genocida, genocida”, disse.
Apesar disso, o ministro afirmou que o governo está “fazendo dever de casa” em acordo com os fundamentos da economia. Ele ainda criticou economistas que afirmaram que o “meteoro” dos precatórios (dívidas judiciais), estimados em R$ 89,1 bilhões para 2022, era previsível. Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. a própria Advocacia-Geral da União (AGU) emitiu alertas desde o ano passado para o risco de elevação dos débitos.
“É brincadeira, né. Faltavam dez dias para fechar janela (para expedição dos precatórios), (STF deu) R$ 10 bilhões para Bahia, R$ 4 bilhões para Ceará, R$ 2 bilhões para Pernambuco. Foi dinheiro para governadores do Nordeste de oposição nos últimos dez dias da janela”, disse Guedes.
O ministro disse ainda que o teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas à inflação, é uma bandeira importante para o governo. “Está toda furada lá na guerra, mas é o que segura (despesas)”, disse.
Guedes também voltou a defender o Conselho Fiscal da República, medida proposta por ele para reunir chefes de poderes em decisões estratégicas do ponto de vista fiscal, como declaração de emergência (quando as contas estão com comprometimento elevado em despesas obrigatórias).
“Quando vejo ritual do Copom, reúne todo mundo… antigamente o negócio era mais emocionante, juro era 70%, se caísse para 50%, se subisse para 73%… hoje tem um saltinho um pouco maior que 1%”, disse o ministro, emendando comparações com a institucionalidade do Copom. “Eu gostaria que houvesse ritual fiscal como nós temos ritual monetário”, afirmou o ministro. “Não quero saber se vocês gostam um do outro, tem que se reunir, apertar o botão e fazer o que tem que ser feito”, acrescentou.
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