Em evento do banco BTG, Guedes disse que participa de menos road shows com investidores do que ministros anteriores, mas disse que o País “incontornavelmente” terá de ir em direção aos mercados. “Primeiro tem de trabalhar para depois vender o Brasil”, completou, se referindo às reformas pretendidas por sua administração.
O ministro voltou a dizer que a conta da pandemia do coronavírus não pode ficar para as próximas gerações. “Não vamos jogar dívida da pandemia para 100% do PIB”, completou.
No início de sua fala, Guedes disse que queria “parabenizar todos os economistas que já integraram o governo”. “Antes de entrar no governo, eu achava tudo muito fácil, não é bem assim”, brincou o ministro, que está há dois anos e cinco meses no cargo e já travou negociações duras com o Congresso Nacional.
Arrecadação e projeção de déficit
Guedes disse ainda que, com os sucessivos resultados positivos na arrecadação de tributos, o governo está revendo para baixo a projeção de déficit público neste ano. “Estava em R$ 280 bilhões a previsão de déficit há duas semanas. A arrecadação veio tão formidável que já estamos revendo para R$ 180 bilhões”, comentou.
Ele afirmou ainda que são necessários investimentos em infraestrutura para que o Brasil se integre à América Latina, mas voltou a dizer que o País não pode ficar preso ao Mercosul.
“O Brasil tem que ser a âncora dos grandes investimentos e transbordar a produção para a América Latina. Não vamos ficar presos à região, foi um erro, o Mercosul nos aprisionou”, completou o ministro.
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