Em 21 de agosto de 1965, Pato Branco registrava uma das maiores nevascas da história do Sudoeste do Paraná. Hoje, a data completa 60 anos, e o episódio segue vivo na memória coletiva dos moradores. Naquele sábado, a cidade amanheceu coberta de branco, transformando ruas e praças em cenário incomum para a região.
O fenômeno integrou uma frente fria de grande intensidade que atingiu o Sul do Brasil entre os dias 19 e 21 de agosto, provocando precipitação de neve em diversas cidades paranaenses, como Palmas, Clevelândia, Guarapuava, Francisco Beltrão e Ponta Grossa, além de municípios do Oeste catarinense e do Rio Grande do Sul.
Registros históricos e memória
Imagens raras feitas pelo fotógrafo João de Paula eternizaram a nevasca de 1965 em Pato Branco. As fotos da Praça Getúlio Vargas e de pontos centrais cobertos de neve se tornaram documentos históricos, relembrados em reportagens e exposições ao longo das décadas.
Jornais da época noticiaram o espanto da população diante da neve intensa, que surpreendeu famílias, crianças e comerciantes. Relatos apontam que animais e pessoas tiveram dificuldade para seguir a rotina em meio ao frio atípico.
Contexto climático
De acordo com análises meteorológicas, grandes nevadas podem ocorrer mesmo em invernos que não são rigorosos, quando há a combinação de massa de ar polar intensa e alta umidade. Essa foi a configuração observada em 1965, resultando em precipitações amplas e marcantes no Sul do país.
Embora não existam registros oficiais específicos para Pato Branco no dia do evento, séries históricas de municípios vizinhos disponíveis no INMET e no IDR-Paraná confirmam o caráter regional do fenômeno, com mínimas negativas e ocorrência de neve entre os dias 19 e 21 de agosto de 1965.
60 anos depois
Seis décadas após o fenômeno, moradores mais antigos ainda recordam a surpresa daquele inverno. A nevasca de 1965 consolidou-se como um marco na história climática de Pato Branco e continua sendo tema de pesquisas, reportagens e celebrações da memória local.
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