O banqueiro central comentou sobre o impacto da crise energética para a economia. “Este ano, gastaremos cerca de 5% do rendimento da zona do euro em importações líquidas de energia. Anteriormente, esse número era de cerca de 1%. Teremos de arcar com esse fardo coletivamente. Os padrões de vida cairão como resultado das contas de energia. Isso torna as pessoas mais pobres e parecerá uma recessão para muitos”, afirmou. “Mas esperamos que a inflação diminua significativamente em 2023, com novas quedas em 2024. E haverá alguma recuperação salarial ao longo do tempo, para que os padrões de vida comecem a melhorar novamente”, ponderou.
Ele explica que, antes da pandemia, o baixo preço do petróleo e a contribuição da oferta da China e de outras economias de mercado emergentes para a redução dos preços, principalmente dos manufaturados, garantiam que a inflação permanecesse baixa. “É improvável que essas forças retornem, o que provavelmente aumentará a pressão inflacionária em relação ao período pré-pandemia de inflação extremamente baixa. Podemos, no entanto, responder a esse ambiente ajustando nossa política monetária. Uma pressão inflacionária maior não significa necessariamente que teremos uma inflação alta, porque podemos agir contra isso”, explicou.
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