O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (9), em entrevista a jornalistas, que apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma série de pontos do Projeto de Lei da repactuação da dívida dos estados que, segundo a equipe econômica, não deveriam ser sancionados. “O presidente tem até o dia 13 para avaliar a demanda da equipe econômica”, destacou Haddad.
De acordo com Haddad, o presidente está ciente das divergências entre as propostas da equipe econômica e o texto aprovado no Senado. “Tudo que teria impacto primário vai ser vetado, conforme acordo que havia sido fechado com o Congresso”, garantiu o ministro. A decisão final, no entanto, será tomada por Lula nos próximos dias.
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Ainda nesta quinta-feira, Haddad participa de uma nova reunião com Lula e outros ministros para tratar da presidência brasileira do BRICS, que será assumida pelo país. Durante a entrevista, o ministro abordou as recentes declarações do ex-presidente americano Donald Trump, que sugeriu taxar em 100% os países do bloco caso adotem uma moeda alternativa ao dólar para transações comerciais.
“Temos que ter muita cautela sobre as declarações. Só vamos nos posicionar quando as medidas de Trump forem efetivamente tomadas”, afirmou Haddad, acrescentando que as falas do ex-presidente dos EUA preocupam, mas exigem prudência antes de qualquer reação oficial.
Outro tema abordado pelo ministro foi o Projeto de Lei das Offshores, que inclui medidas conhecidas como “jabutis”. Haddad confirmou que esses pontos serão vetados, justificando que representam “grave prejuízo à economia popular”. A exclusão desses trechos é vista como fundamental para proteger o equilíbrio fiscal e garantir que o texto final esteja alinhado com os interesses da sociedade.
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