A decisão dos jurados foi dividida: três apontaram o brasileiro como vencedor (29 a 28 duas vezes e 30 a 27), enquanto dois viram o representante casaque como o ganhador (29 a 28 em ambos).
O adversário do brasileiro na luta pela vaga na final olímpica, quinta-feira, será o russo Gleb Bakshi, atual campeão mundial, que eliminou o haitiano Darrelle Valsaint, por pontos, em decisão unânime.
Esta é a sétima medalha do boxe brasileiro em olimpíadas. Servílio de Oliveira foi bronze no México-1968, depois Esquiva Falcão, Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo subiram no pódio em Londres-2012. Robson Conceição foi campeão na Rio-2016. Em Tóquio, o peso pesado Abner Teixeira também já tem bronze e vai lutar a semifinal.
Como se esperava, o duelo foi duríssimo. Hebert, mais uma vez, se posicionou no contra-ataque e precisou de muita esquiva e defesa para se proteger do intenso ataque do adversário.
Os três rounds tiveram panorama semelhante, com Hebert muito preciso nos ganchos e cruzados. Aos poucos, o brasileiro conseguiu diminuir um pouco o ritmo do rival e passou a dominar a luta, mas sempre com o assédio perigoso do Casaque.
Nos minutos finais, o adversário foi melhor e até venceu o terceiro assalto para dois jurados, mas não foi suficiente para tirar a vitória do brasileiro.
“Sensação incrível escrever o meu nome na história do esporte brasileiro como medalhista olímpico, eu que sempre sonhei quando comecei no esporte, no boxe em 2013. Fico muito feliz e agradeço a todas as pessoas que fizeram parte disso, apesar de eu lutar sozinho no ringue, essa medalha tem muita gente que trabalha comigo. Manter o foco porque ainda faltam duas lutas”, afirmou o brasileiro, após a vitória.
Comentários estão fechados.