Hepatite: importância dos exames para o tratamento precoce

A hepatite é uma inflamação do fígado, frequentemente causada por infecções virais como os vírus das hepatites A, B, C, D e E. Entre essas, a hepatite B é particularmente perigosa, podendo evoluir para condições crônicas como cirrose e câncer de fígado se não tratada adequadamente. O diagnóstico e tratamento precoce são essenciais para gerenciar a infecção, reduzindo a progressão da doença e evitando complicações graves.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral B ou C sabe que está doente. Mais alarmante ainda, somente uma em cada 100 pessoas infectadas está recebendo tratamento adequado. Este cenário de subnotificação é um dos principais desafios no combate à hepatite.

Guilherme Ferrarini Furlan, cirurgião de transplante hepático do Hospital São Vicente, enfatiza a importância do diagnóstico precoce: “O maior desafio é realizar o diagnóstico precoce das hepatites virais, principalmente dos vírus das hepatites B e C, que são doenças crônicas e silenciosas. Muitos pacientes só descobrem a infecção em estágios avançados de doença hepática, como cirrose ou câncer de fígado”.

A hepatite A é transmitida por via fecal-oral e está associada a condições precárias de higiene e saneamento básico. Seus sintomas incluem dor abdominal, náuseas, vômitos e icterícia. A vacinação é a principal forma de prevenção contra as hepatites A e B. No Brasil, a vacina contra a hepatite A está disponível gratuitamente no SUS para crianças até cinco anos, enquanto a vacina contra a hepatite B está disponível para toda a população adulta.

Julho Amarelo

O Julho Amarelo é dedicado à conscientização e combate às hepatites virais. Durante este mês, diversas ações são realizadas para informar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, vacinação e prevenção dessas doenças. “Esse mês busca incentivar a realização de testes rápidos gratuitos, permitindo o diagnóstico e tratamento precoce, diminuindo a transmissão e evitando a progressão da doença”, destaca o Dr. Furlan.

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Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná, entre janeiro e junho de 2024, foram registrados 90 casos e 32 óbitos de hepatite A, 291 casos da B, 243 casos da C e 1 caso da D, ou “B+D”.

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