O hipismo tem sido alvo de muitas críticas acerca do tratamento que os cavalos têm recebido. Em Tóquio, houve polêmica após uma treinadora alemã agredir seu animal no meio de uma prova. Ao todo, foram três os casos relatados de maus tratos no evento realizado no Japão.
Em agosto, a ONG PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético de Animais, na sigla em inglês) encaminhou uma carta ao Comitê Olímpico Internacional (COI) pedindo a retirada do hipismo da Olimpíada como um todo, não somente do pentatlo moderno. Na ocasião, o Estadão conversou com a entidade e também ouviu médicos veterinários para entender o caso.
A iniciativa da PETA, em resposta aos atos violentos que cavalos sofreram em Tóquio, funcionou através de pressão exercida sobre patrocinadores do COI que imediatamente pediram que a entidade que organiza a Olimpíada se “modernizasse”.
O COI não aderiu imediatamente aos pedidos e a decisão anunciada nesta sexta-feira é uma iniciativa da União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM, da sigla em inglês). A modalidade tem o intuito de encontrar o ‘atleta completo’ capaz de mostrar habilidades em diversas atividades esportivas.
Para substituir o hipismo, o novo evento incluso no cronograma deverá cumprir uma série de requisitos, como ser atrativo para jovens praticantes, ter baixo custo, promover acessibilidade e se encaixar na proposta da prova. Isso vale tanto para homens como para mulheres. O pentatlo moderno faz parte dos Jogos Olímpicos desde 1912 contemplando os cinco esportes.
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