História de personalidades que dão nome a espaços públicos de Pato Branco é eternizada em livro

Pedro Ramires de Melo, Theóphilo Petrycoski, Carmela Bortot. Se você é pato-branquense, é provável que já tenha notado alguma referência a esses nomes em espaços públicos da cidade. Entretanto, por que esses locais receberam esses nomes? E qual a relevância de tantas outras personalidades homenageadas em áreas urbanas na cidade?

O livro “Uma viagem ao passado“, de Sueli Rosa Dartora e Luciano Pedralli, está em fase final de edição e pretende lançar luz sobre esses fatos em uma compilação de biografias de mais de 800 pessoas que dão nome a esses diversos espaços no município.

Personagens e história

A obra será um registro de fatos que revelam as razões pelas quais essas personalidades foram homenageadas com nomes de ruas, rodovias, estradas, avenidas, travessas, praças, parques, escolas, creches, ginásios de esportes, centros comunitários, museus, teatros, galerias de arte, centro de eventos, arena esportiva e tantos outros locais pela cidade.

Inúmeras personalidades marcantes são retratadas: Agostinho Pereira, Carlos Almeida, Carmela Bortot, Cláudio Petrycoski, Dona Frida, Frei Policarpo, Prefeito Graeff, Homero Loureiro, Ivo Thomazoni, José Cattani, Juvenal Cardoso, Lydio Guerra, Pedro Ramires de Melo, Possídio Salomoni, Prosdócimo Guerra, Severino Cavazzola, Sílvio Vidal, Theóphilo Petrycoski, Udir Cantu, Vitório Piassa, entre outras.

Luciano Pedralli explica que o livro narra acontecimentos significativos que marcaram mais de 100 anos de história de Pato Branco, desde a chegada dos imigrantes, sobretudo os de origem italiana, vindos do Rio Grande do Sul para se estabelecerem na região. Naquele momento, quando o local era um distrito de Clevelândia, a falta de infraestrutura era evidente, e essas pessoas enfrentaram com resiliência uma vida sem energia elétrica, abastecimento de água, estradas, saneamento básico, serviços de saúde e educação, além da escassez de meios de comunicação. Nesse cenário desafiador, os, hoje, homenageados, desempenharam papéis essenciais no desenvolvimento do município. A partir de então, surgiram as comunidades rurais, os bairros, as instituições, associações, entidades, construções civis, igrejas, escolas, hospitais, empresas, comércios e todos os demais espaços públicos que moldaram a paisagem urbana e o cotidiano da cidade.

O Tema

A ideia para o livro surgiu quando estudantes procuraram Sueli Dartora, então funcionária da Câmara Municipal de Pato Branco, em busca de informações sobre as pessoas que emprestavam seus nomes a diferentes espaços públicos na cidade, como Silvio Vidal, Pedro Ramires de Mello, Possídio Salomoni, Carlos Almeida, Ivo Thomazoni, entre outros. Quem eram essas personalidades e por que eram homenageadas? Sueli enxergou ali um tema rico e fascinante que merecia ser registrado. A partir daí apresentou o projeto a Pedralli, que igualmente abraçou a ideia e, juntos, passaram a desenvolver um intenso trabalho de estudo, entrevistas e pesquisas.

De acordo com Pedralli, as pesquisas tiveram início em 2009 e as biografias foram cuidadosamente elaboradas a partir de relatos e documentos gentilmente cedidos por familiares dos homenageados. O livro não apenas registra as biografias, mas também inclui uma coleção de fotografias dos pioneiros datadas do início do século passado, documentos que remontam ao século XIX e informações obtidas através de diversas visitas aos cemitérios para coleta de dados complementares. Dentro do conjunto das biografias, são explorados aspectos essenciais do desenvolvimento político, social, econômico e cultural do município, oferecendo aos leitores uma visão abrangente e profunda da história de Pato Branco.

“No momento, estamos em comunicação com os órgãos do poder público, incluindo prefeitura e governo estadual, assim como os departamentos de cultura, com o objetivo de obter recursos de incentivo à cultura para o financiamento do projeto”, conta Pedralli destacando a amplitude que a obra tomou e a importância enquanto registro histórico. “Acreditamos ser a maior obra da história do município de Pato Branco, contemplando mais de um século de relatos históricos, falando sobretudo de nossa gente, especialmente sobre as famílias”, avalia Pedralli.

O autor ressalta que a obra não possui fins lucrativos e visa alcançar estudantes, famílias dos homenageados e a população em geral. Com aproximadamente mil páginas, a obra passa agora pela fase de revisão realizada por Denise Ponzoni de forma colaborativa, enquanto a diagramação ficará a cargo do Centro Universitário Mater Dei – Unimater, igualmente sem custos. Ele acredita que a obra estará acessível até o final do ano, uma vez que o conteúdo está pronto e tão logo seja finalizada a revisão, o material será diagramado e, por fim, impresso.

Os autores

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