Explorada pela primeira vez na década de 1720 pelo bandeirante curitibano Zacarias Dias Côrtes. Os Campos de Palmas foram, antes disso, habitados por milhares de anos pelos índios caingangues. Mas foi no ano de 1839 que fazendeiros brasileiros ocuparam suas terras dando início ao que hoje é a cidade de Palmas, que completa neste 14 de abril 143 anos de emancipação política, quando foi desmembrada de Guarapuava.
Não como falar de Sudoeste do Paraná sem passar pela história de Palmas. É dela os primeiros registros da região, quando surgiu a denominação “Campos de Palmas”, atribuída ao major Atanagildo Pinto Martins, que comandou uma expedição organizada pela Real Expedição de Conquista dos Campos de Guarapuava, de 1814 a 1819, e que teve por guia o Cacique Yongong, que conhecia bem a região. Entre 1836 a 1839 foram organizadas mais duas expedições guarapuavanas, cuja meta era conquistar a região habitada por indígenas.
Foram desmembrados diretamente de Palmas e elevados a municípios Mangueirinha, Coronel Domingos Soares, Santo Antônio do Sudoeste e General Carneiro.
Além das lutas contra os indígenas por suas terras, Palmas também possui uma história rica de religiosidade. A população atual é marcada pela miscigenação, com influência étnica de indígenas, negros, portugueses, alemães, italianos e japoneses.
População
Com uma área total de 1 557,903 quilômetros quadrados, conforme dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística, Palmas tem uma população total, de acordo com estimativa IBGE, dados de 2020, 51 755 habitantes, com uma densidade demográfica de 27,53 habitantes por quilômetro quadrado.
Educação
A taxa de escolarização de crianças entre 6 a 14 anos de idade é, conforme dados do IBGE de 2010, de 92,8 %, sendo a nota do Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) da rede pública nos anos iniciais do ensino fundamental de 5,2 e, nos anos finais, 4.
Em 2020, haviam 7.223 matrículas no Ensino Fundamental e 1.759 matrículas no ensino médio, com 607 docentes divididos em 39 escolas.
Trabalho e rendimentos
Em 2019, o salário médio mensal em Palmas era de 2.1 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 21.5%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 159 de 399 e 132 de 399, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 34% da população nessas condições, o que o colocava na posição 168 de 399 dentre as cidades do estado e na posição 3770 de 5570 dentre as cidades do Brasil.
Economia
Palmas possui um PIB per capta de R$ 22.797,44, conforme dados de 2019 do IBGE. O maior percentual das receitas é oriundo de fontes externas, representando 80,7%. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,660
Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no ano de 2021 Palmas teve um saldo positivo de 878 vagas de emprego.
Entre 1991 e 2000, o Índice Gini, que mede a desigualdade social, posicionou Palmas como o 15°município mais desigual do Sul do Brasil, sendo o 9°no estado do Paraná. Em 2000, os 10% mais ricos da população concentravam 56,5% da renda total, contra 7,3% dos 40% mais pobres. Assim, o decil mais rico da população ganha cerca de 31 vezes o rendimento da parcela dos 40% mais pobres. A média do estado é de 23,8%.
Parque Eólico
A Usina de Palmas foi a primeira eólica da região sul do Brasil. A montagem de seus cinco aerogeradores foi feita no tempo recorde de uma semana, e entrou em operação em fevereiro de 1999. Foi implantada pela Centrais Eólicas do Paraná. A estimativa de sua potência é de 2,5 Megawatts.
santo antônio do sudoeste foi desmembrado de clevelândia