Hospital Filantrópico Policlínica realizou 16 transplantes no primeiro semestre

Referência na região sudoeste do Paraná, instituição sem fins lucrativos de Pato Branco soma 1.022 transplantes de rim e 28 de coração em sua história

Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Paraná é o estado com maior número de doações de órgãos por milhão (pmp). O índice paranaense é de 41,6 pmp, à frente de Rondônia (40,5 pmp). Entre janeiro e junho de 2024, o Paraná registrou 648 notificações de potenciais doadores, resultando em 242 doações efetivas. Este é o maior número de notificações registrado no Estado. O Hospital Filantrópico Policlínica (HFP), de Pato Branco, contribuiu para esse número recorde. Nos primeiros seis meses deste ano, foram registrados 15 transplantes de rim e um de coração.

O serviço de transplante renal teve início em Pato Branco em dezembro de 1985. De lá para cá, foram 1.022 procedimentos. O número só não é maior em função da pandemia de Covid-19, que impôs várias restrições. O serviço de transplante cardíaco conta com 28 transplantes desde 2005 – o mais recente foi realizado em janeiro deste ano.

O médico nefrologista Daniel Emygdio do Nascimento, diretor de Saúde do Hospital Filantrópico Policlínica, observa que o Paraná faz, continuamente, campanhas de conscientização para a doação de órgãos, o que explica os resultados. De acordo com a ABTO, a taxa de recusa familiar para doação também diminuiu, passando de 122 recusas (27% das notificações) no primeiro semestre de 2023 para 103 recusas (25%) no mesmo período de 2024.

O médico salienta que a doação de órgãos deve ser autorizada pelas famílias e a decisão acontece em momentos de muito sofrimento pela perda de entes queridos. “Mas, é importante salientar que uma doação pode salvar várias vidas. Um coração, um fígado, dois rins, isso muda a vida de diversas pessoas, sendo um ato de amor, realmente. A ideia é conscientizar a população da importância desse ato e da importância da doação para as pessoas que recebem esses órgãos. E o Paraná entende muito isso. Mais uma vez, o Estado tem liderado as estatísticas, com uma taxa de 41 doações por milhão de habitantes”, destaca Daniel do Nascimento.

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Ainda conforme a ABTO, no Paraná, foram registrados 431 transplantes de órgãos nos primeiros seis meses de 2024 – 47 a mais do que no mesmo período ano passado, com 384 procedimentos.

A Central Estadual de Transplantes (CET), localizada em Curitiba, coordena as atividades de doação e transplantes em todo o Estado, com quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel (que abrange a região Sudoeste).

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