Uma conversa franca com o treinador e uma mudança de posição no ataque bastou para que Hulk deslanchasse na equipe alvinegra e se colocasse, após 22 jogos em campo, como uma figura fundamental do Atlético-MG na temporada. Por isso, em entrevista coletiva nesta terça-feira, disse estar tranquilo com relação às críticas recebidas e revelou que não dá bola para o que passou.
“Eu sempre acompanhei que mesmo quando eu estava na seleção tinham comentaristas que comentavam a respeito das minhas características e muitos não me conheciam. E eu percebia pela maneira que eles falavam do meu estilo de jogo, mas nunca foi algo que me chateou. Eu pensava que os comentaristas não tinham acesso aos nossos jogos lá fora. Talvez eu não seja um jogador que interessasse tanto a eles porque eles não acompanham para saber a característica do jogador”, afirmou Hulk.
“Mas nunca foi uma coisa que me chateou. Quando cheguei ao Atlético-MG, teve muito disso mesmo, muita desconfiança, muitas pessoas falando que o Atlético-MG fez um mau investimento, mas nunca foi algo que me chateou, algo que me tirou o foco”, prosseguiu o atacante.
O atacante lembra que passou por situação semelhante quando deixou o futebol japonês e acertou com o Porto, em 2008. E guarda na memória as palavras do então treinador da equipe, Jesualdo Ferreira. “No Porto, muitos criticaram e falaram que estavam contratando um jogador de futebol japonês. O Jesualdo chegou e disse que a dimensão do campo no Japão é a mesma da mesma dimensão do campo na Europa, que a bola é a mesma, que o Hulk só tem que chegar e jogar. Eu levei aquilo comigo”, contou.
Sobre a relação com Cuca, Hulk garantiu que os atritos iniciais do trabalho com o treinador ficaram para trás e elogiou o comandante alvinegro. “O professor Cuca tem muita experiência no futebol brasileiro, as conversas que tive com ele foram muito produtivas, faço o que gosto de fazer que é jogar futebol e a cada dia me sinto mais adaptado”, frisou.
Por causa da pandemia da covid-19, Hulk ainda não conseguiu ter um contato mais próximo com a torcida. Ele não esconde a ansiedade para a volta dos torcedores aos jogos. “A gente fica nessa ansiedade de poder encontrar essa torcida maravilhosa. É esperar passar esse momento tão delicado para que a gente possa nos encontrar nos estádios lotados, comemorando grandes jogos, grandes títulos e lindas histórias, se Deus quiser”, completou.
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