Deputado estadual volta à suplência e agora foca em sua pré-candidatura a deputado estadual
Patrícia Lucini – Diário dos Campos
Encerrado o prazo de desincompatibilização, os deputados licenciados que cumpriam função de secretários estaduais retomaram seus mandatos na Assembleia Legislativa do Paraná na segunda-feira (4). É o caso do deputado Márcio Nunes (PSD) – que era secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. Com o seu retorno, o deputado Hussein Bakri (PSD), então líder do Governo na Assembleia, voltou à suplência.
Com uma longa trajetória política, Bakri já foi vereador em União da Vitória e exerceu dois mandatos consecutivos de prefeito na cidade. Na Alep, exerceu o segundo mandato seguido como deputado estadual pelo PSD. Além de líder do governo, foi presidente da Comissão de Educação e membro titular da Comissão de Constituição e Justiça.
Em entrevista à Associação dos Diários do Interior do Paraná (ADI-PR), Hussein Bakri faz uma avaliação do trabalho desenvolvido à frente da liderança do governo na Assembleia, após mais de três anos de trabalho, e destaca o trabalho que realizará a partir de agora, como pré-candidato a deputado estadual, para viabilizar sua eleição.
Qual a avaliação que o senhor faz do trabalho desenvolvido na Assembleia Legislativa, como deputado e líder do Governo Ratinho Junior?
Hussein Bakri – “Em primeiro lugar, eu agradeço ao governador Ratinho Junior que me colocou como líder do Governo mesmo tendo sido suplente. E, nestes três anos e três meses em que fiquei nesta função, acredito que correspondi à confiança que ele depositou, tendo em vista que todos os projetos enviados à Assembleia foram aprovados. Tivemos, inclusive, alguns projetos polêmicos, que impactaram a vida da população e muitas vezes não são agradáveis, não são palatáveis, mas são necessários, como a reforma da previdência, por exemplo. Então acredito que cumpri meu papel. Agradeço também aos colegas da base por todo o apoio. Aprendi muito na liderança do governo e procurei me empenhar ao máximo neste período para que o governo estadual pudesse ter vários projetos aprovados.
Aprovamos a redução do número de secretarias e outras pautas que, num primeiro momento parecem ser ruins, mas lá na frente se mostram importantes para que o Estado tenha os recursos necessários para fazer os investimentos. Quero agradecer todos os colegas que acompanham nossa base – são cerca de 43 deputados que sempre nos ajudaram na aprovação dos projetos.
Do ponto de vista pessoal, este foi um período em que aprendi muito, que demanda muita responsabilidade. Numa PEC, são necessários, por exemplo, 33 votos para sua aprovação; uma lei complementar precisa de 28 votos. Então é um desgaste muito grande do ponto de vista pessoal. A minha formação é em Comunicação Social e não em Direito, então precisei ler, estudar, me debruçar sobre os projetos para entendê-los, para debater e ter argumentos para defender as matérias. Sou muito grato aos meus colegas, aos funcionários e, especialmente, ao governador que me deu uma oportunidade enorme. Do ponto de vista político, o ônus de ser líder do governo é grande, mas há também um bônus muito grande porque estava diretamente ligado com cada secretaria do governo e tive a possibilidade de crescer, de me tornar mais conhecido.
A função de líder acaba ocupando muito tempo no trabalho interno na Alep, impedindo muitas vezes que eu pudesse viajar, estar mais presente nos municípios. Agora quero aproveitar para fazer isso”.
Como líder do governo, o senhor esteve envolvido em ações voltadas para todas as regiões do Estado. Quais as ações que destaca para as regiões mais distante da capital e também para o Centro-Sul?
Hussein Bakri – “Não faltou recurso para nenhuma cidade, desde pequenos investimentos até recursos estruturantes para obras de pavimentação asfáltica, infraestrutura e saúde, com construção de várias Unidades Básicas de Saúde e entrega de diversos equipamentos”.
Voltando à suplência, quais os planos até as eleições?
Hussein Bakri – “Quero visitar os municípios, estar mais presente em muitas cidades, o que não pude fazer enquanto estava na liderança do governo. Quero aproveitar este período para fazer campanha, para cuidar do meu projeto político. Quero visitar cidades, colher informações para planejar as ações do meu próximo mandato. Agora tiro o terno, coloco tênis e calça jeans e vou às ruas”.
Quais são as principais bandeiras de sua pré-candidatura?
Hussein Bakri – “Defendo um municipalismo forte, que engloba saúde, educação. É preciso entender que as coisas acontecem nos municípios, é preciso escutar atores locais, como prefeitos, vereadores, a sociedade organizada, é preciso escutar e executar a proposta que for construída por eles”.