Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, percebidos em fevereiro do ano passado, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril de 2020. Após este período, o IBC-Br passou a reagir, até que a segunda onda provocasse, no início de 2021, novos fechamentos de empresas. Em março, a atividade econômica recuou, mas em abril ela voltou a avançar.
De março para abril de 2021, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 139,04 pontos para 139,65 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde fevereiro deste ano (141,31 pontos).
A alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Estadão/Broadcast, que esperavam resultado entre +0,20% e +2,20% (mediana em +1,20%).
Na comparação entre os meses de abril de 2021 e abril de 2020, houve alta de 15,92% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 138,09 pontos em abril.
O indicador de abril de 2021 ante o mesmo mês de 2020 mostrou desempenho dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Estadão/Broadcast, que esperavam resultado entre +12,60% e +23,10% (mediana em +18,10%). O bom desempenho na comparação interanual é justificada pelo forte recuo do indicador em abril de 2020, no auge da primeira onda de covid-19.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2021 é de alta de 3,6%.
No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC na manhã desta segunda-feira, a projeção é de alta de 4,85% para o PIB em 2021. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.
Valor acumulado
Em meio à segunda onda da pandemia do novo coronavírus, o IBC-Br acumulou alta de 4,77% no ano até abril, informou o Banco Central. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta baixa de 1,20% nos 12 meses encerrados em abril.
O BC informou ainda que o IBC-Br registrou alta de 1,29% no acumulado do trimestre até abril de 2021 na comparação com os três meses anteriores, pela série ajustada sazonalmente.
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