Mais cedo, o IBGE informou que o País tinha 14,795 milhões de desempregados no trimestre encerrado em maio, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), um aumento de 16,4% em relação a igual trimestre móvel de 2020. São 2,085 milhões de pessoas a mais na fila do desemprego, procurando trabalho.
Com isso, a taxa de desemprego passou de 12,9% no trimestre encerrado em maio de 2020 para 14,6% no trimestre terminado em maio último. O contingente de desempregados vem se mantendo nas máximas da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012.
Segundo Adriana, a alta no desemprego na comparação com um ano antes se deve a uma particularidade da crise causada pela covid-19 sobre o mercado de trabalho. Num primeiro momento da pandemia, trabalhadores que perderam seus empregos, formais ou informais, ficaram em casa, sem procurar trabalho, por causa das restrições ao contato social. Pelas metodologias internacionais seguidas pelo IBGE, só é considerado desempregado quem está em busca de emprego.
“Muitas pessoas, embora não estivessem trabalhando, não estavam procurando”, afirmou Adriana, em entrevista coletiva para comentar os dados. Com a passagem do tempo, a flexibilização de medidas de restrição ao contato social e a necessidade de buscar renda levaram os trabalhadores a voltar ao mercado, buscando emprego ativamente. “Em termos de desocupação, grande parte do crescimento tem a ver com as circunstâncias (da pandemia)”, completou Adriana.
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