“Houve restrições na maioria dos Estados mais populosos do Brasil”, apontou Santos, acrescentando que houve fechamento de escolas e antecipação de feriados. “Houve aumento da estratégia de restrição de circulação de pessoas em março”.
Sete das oito atividades que integram o comércio varejista registraram retração nas vendas em março ante fevereiro, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio. Na média global, o volume vendido caiu 0,6%. A única taxa positiva foi a de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,3%), impedindo um recuo maior no varejo como um todo.
“Os supermercados não perdiam muito em receita, perdiam em volume, com a inflação”, lembrou Santos, acrescentando que o aumento nos preços dos combustíveis prejudicou em março o desempenho do setor de combustíveis e lubrificantes.
Os supermercados já respondem por mais de 50% do volume vendido no varejo. O segmento vinha prejudicado pela inflação de alimentos em patamar elevado, mas houve trégua em março. O setor supermercadista também foi impulsionado por uma migração de consumo das famílias, que deixaram de gastar em setores fechados pelas medidas restritivas para consumir itens vendidos pelos hipermercados, atividade essencial que permaneceu aberta, apontou Santos.
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, houve redução de 5,3% no volume vendido em março ante fevereiro. As vendas de veículos caíram 20,0%, enquanto as de material de construção recuaram 5,6%.
Na comparação com março de 2020, o comércio varejista teve alta de 2,4% em março de 2021, beneficiado pela base de comparação baixa, diz Cristiano Santos. No varejo ampliado, as vendas subiram 10,1%.
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