
O Ibovespa fechou em queda de 0,59%, aos 141.791,58 pontos, após oscilar entre a máxima de 143.089,43 e a mínima de 141.329,17 pontos. Em sessão de agenda fraca e correção depois do recorde histórico, bancos voltaram a pesar, enquanto Raízen (RAIZ4) liderou os ganhos. Às 17h13, o Ibovespa futuro (out/25) recuava 0,59%, a 143.705 pontos. O giro financeiro somou R$ 16,5 bilhões. Nos EUA, os índices fecharam em alta.
Bancos recuam; Raízen avança
As ações de Itaú (ITUB4) caíram 0,44%, Bradesco (BBDC4) cedeu 0,52% e Banco do Brasil (BBAS3) recuou 0,94%. No lado positivo, Raízen (RAIZ4) subiu 5,46%.
Política no radar e cautela com possíveis sanções
Investidores monitoram a retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros réus nesta terça (9) pela tentativa de golpe de Estado, além de temores sobre eventuais sanções dos EUA, especialmente ao setor financeiro.
Hayson Silva (Nova Futura) avaliou: “A possibilidade de novas sanções econômicas por parte dos EUA, com foco direto sobre o sistema financeiro, coloca os bancos na linha de frente das preocupações do mercado.”
Para João Daronco (Suno Research), “o dia é neutro para o Ibovespa, com o mercado apreensivo com os aspectos políticos por aqui; a eleição na Argentina também afeta o apetite por emergentes.”
Alison Correia (Dom Investimentos) disse que houve “movimento de correção após altas dos últimos dias” e que “todo mundo está de olho no julgamento do Bolsonaro e na sentença na sexta (12)”.
Régis Chinchila (Terra Investimentos) destacou a pressão dos bancos e a acomodação após a forte alta da sexta (5), quando o payroll nos EUA reforçou apostas de corte de juros pelo Fed.
Para Renato Nobile (Buena Vista Capital), a sessão foi de realização de lucros, com questões políticas no radar e pesquisas eleitorais em SP gerando apreensão.
Câmbio e juros: dólar de lado, DIs levemente para cima
O dólar comercial subiu 0,04%, a R$ 5,4177, perdendo força no fim com fluxo estrangeiro. O cenário doméstico e as leituras de inflação no Brasil e nos EUA desta semana seguem no radar.
Segundo Marcos Weigt (Travelex Bank), “apesar do carrego, os fundamentos não favorecem o real; o fluxo tende a piorar no fim do ano e o fiscal segue pressionado.” Para Leonardo Santana (Top Gain), o descolamento do Brasil em relação ao exterior “é saudável”.
As taxas dos DIs encerraram próximas da estabilidade:
- DI jan/26: 14,895% (de 14,890%)
- DI jan/27: 13,930% (de 13,920%)
- DI jan/28: 13,245% (de 13,210%)
- DI jan/29: 13,185% (de 13,160%)
Wall Street no azul antes de dados de inflação
Nos Estados Unidos, os índices fecharam em alta, com investidores à espera de indicadores de preços:
- Dow Jones: +0,25%, 45.514,95 pts
- S&P 500: +0,83%, 6.502,08 pts
- Nasdaq 100: +0,98%, 21.707,69 pts
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