O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (18) com variação mínima de -0,01%, atingindo 128.531,71 pontos. A estabilidade do principal índice da B3 reflete um cenário complexo, influenciado por fatores externos e internos.
Em Nova York, os índices de ações fecharam em alta, impulsionados por sinais de possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). O diretor do Fed, Christopher Waller, mencionou a possibilidade de novas reduções nas taxas caso a inflação continue convergindo para a meta, mesmo diante das incertezas econômicas globais. Essa perspectiva de afrouxamento monetário nos Estados Unidos impacta diretamente o mercado global, influenciando as decisões de investidores em todo o mundo.
Cenário Interno
No Brasil, os investidores acompanham de perto os desdobramentos políticos, incluindo rumores sobre a posição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e seus impactos na popularidade do governo. Além disso, a divulgação de pesquisas eleitorais, como a da Paraná Pesquisas, que aponta para a possibilidade de derrota do presidente Lula em um eventual segundo turno, adiciona um elemento de incerteza ao cenário.
No âmbito corporativo, o desempenho dos setores de mineração e petróleo, representados por Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3/PETR4), respectivamente, exerceu um papel importante na contenção de maiores perdas no Ibovespa. A valorização do minério de ferro e do petróleo no mercado internacional impulsionou as ações dessas empresas, que possuem grande peso no índice.
O setor bancário, por sua vez, apresentou um desempenho misto, com Banco do Brasil (BBAS3) registrando alta, enquanto Bradesco (BBDC3/BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) oscilaram em torno da estabilidade.
Destaques do Mercado
Entre os destaques positivos do pregão, BB Seguridade (BBSE3) liderou as altas do Ibovespa, com valorização de 4,47%, após a divulgação de seu balanço do 4T2024. A performance da empresa refletiu a solidez de seus resultados e a confiança dos investidores em suas perspectivas futuras.
Após o fechamento do mercado, foram divulgados os resultados de outras empresas importantes, como Carrefour Brasil (CRFB3), Iguatemi (IGTI11) e Pão de Açúcar (PCAR3). A análise desses resultados e suas implicações para o mercado deve ser um dos focos dos investidores nos próximos pregões.
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Dólar e Taxas de DI
O dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,40%, cotado a R$ 5,6886. A valorização do real frente à moeda americana reflete, em parte, o cenário externo favorável e o fluxo de capital estrangeiro para o Brasil.
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) também apresentaram queda, indicando uma percepção de desaceleração da economia brasileira. Essa expectativa de arrefecimento da atividade econômica pode influenciar as decisões do Banco Central em relação à política monetária.
Perspectivas para os Próximos Pregões
Os próximos pregões devem ser marcados pela expectativa em relação à divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que pode trazer pistas sobre os próximos passos do Fed em relação à política monetária americana.
No cenário interno, os investidores continuarão atentos aos desdobramentos políticos e à divulgação de novos indicadores econômicos, que podem influenciar a trajetória do Ibovespa e do mercado financeiro como um todo.
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