Ibovespa recua com incertezas sobre tarifa de Trump e IPCA-15

O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (25) em queda de 0,21%, aos 133.524,18 pontos, marcando o segundo recuo consecutivo. Durante o dia, o índice chegou a atingir a máxima de 134.204,42 pontos, mas terminou abaixo dos 134 mil, refletindo a cautela dos investidores diante das indefinições sobre tarifa de 50% anunciado por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Na semana, o índice acumulou leve alta de 0,10%.

O prazo para entrada em vigor da nova tarifa está próximo: 1º de agosto. A incerteza sobre as medidas impactou o mercado doméstico, mesmo com bolsas internacionais registrando alta. Em Nova York, os índices fecharam no positivo, com o Dow Jones subindo 0,47%, a 44.901,92 pontos, o S&P 500 avançando 0,40%, aos 6.388,64 pontos, e o Nasdaq 100 ganhando 0,24%, aos 21.108,32 pontos.

Segundo a Ativa Investimentos, a queda da B3 reflete “a incerteza sobre tarifa e o IPCA-15 acima do esperado, enquanto o exterior sobe com a divulgação de resultados corporativos positivos e possível acordo com a União Europeia”.

As ações da Yduqs (YDUQ3) lideraram as perdas, com baixa de 4,69%, após a saída do CEO Eduardo Parente, substituído pelo atual CFO, Rossano Marques. No campo positivo, destaque para Vibra (VBBR3), que avançou 3,38%. Entre as blue chips, Vale (VALE3) caiu 1,46%, CSN (CSNA3) recuou 2,10% e Usiminas (USIM5) desvalorizou após divulgar resultado do 2T25.

O IPCA-15, divulgado nesta sexta-feira, subiu 0,33% em julho, levemente acima da projeção do mercado (0,29%). Em 12 meses, a alta foi de 5,30%, frente à estimativa de 5,25%. A pressão veio do setor de transportes, com avanço de 0,67%. Segundo Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a inflação segue em linha com expectativas, mas preocupa a aceleração dos serviços, de 0,30% para 0,70%, o que pode dificultar a desinflação.

No câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 0,76%, cotado a R$ 5,5619, acompanhando a valorização global da moeda americana. Na semana, o ganho acumulado foi de 0,27%.

As taxas de DIs futuros também avançaram: janeiro/26 a 14,930%, janeiro/27 a 14,230%, janeiro/28 a 13,595% e janeiro/29 a 13,545%. O mercado segue atento ao impacto do tarifaço e às decisões do Copom e Fomc na próxima semana.

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