Ibovespa sobe 0,30% no dia, aos 132,3 mil pontos

O Ibovespa encerrou a sessão de sexta-feira, 21 de março de 2025, com alta de 0,30%, alcançando 132.344,88 pontos. Em um dia de agenda esvaziada e vencimento de opções sobre ações, o índice da B3 registrou uma oscilação limitada de 812 pontos, entre a mínima de 131.776,39 e a máxima de 132.588,02, partindo de uma abertura em 131.934,22 pontos. O volume financeiro atingiu R$ 33,1 bilhões, refletindo um mercado em acomodação após a leve realização da quinta-feira, que interrompeu uma sequência de seis dias de ganhos – a mais longa desde agosto de 2024.

Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 2,63%, sustentado por ganhos anteriores de 3,14% e 1,82%. No ano, o avanço é de 10,03%, enquanto março registra 7,77% de valorização. Segundo Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, o desempenho foi impulsionado pelo ingresso de capital estrangeiro na Bolsa brasileira, favorecido pela rotação de ativos após ajustes nos mercados americanos.

Desempenho global e fluxo de capital

Nos Estados Unidos, os principais índices também fecharam em alta: Dow Jones (+0,08%), S&P 500 (+0,08%) e Nasdaq (+0,52%). Na semana, os ganhos variaram entre +0,17% (Nasdaq) e +1,20% (Dow Jones), indicando uma recuperação moderada. Dados da B3 mostram que, até 19 de março, o fluxo de capital externo no mês atingiu R$ 5,615 bilhões, com compras de R$ 206,191 bilhões e vendas de R$ 200,576 bilhões. No acumulado de 2025, o saldo positivo é de R$ 14,315 bilhões.

Petrobras e Vale sobem

Entre as blue chips, a Petrobras liderou os ganhos, com alta de 1,61% (ON) e 1,55% (PN), apesar da estabilidade nos preços do petróleo em Londres e Nova York. A Vale ON também fechou no positivo (+0,37%), revertendo perdas ao fim da sessão. Nos grandes bancos, o desempenho foi misto até o encerramento, mas terminou em alta, com Itaú PN (+0,22%) e Bradesco ON (+1,61%). Na ponta positiva do Ibovespa, destacaram-se Marfrig (+6,80%), Brava (+5,57%) e Hypera (+3,93%). Já entre as maiores quedas, figuraram Automob (-10,00%), Cemig (-4,85%) e Petz (-4,30%).

Aprovação do orçamento e notícias corporativas

A aprovação do Orçamento de 2025 na noite de quinta-feira trouxe alívio ao mercado, conforme observa Henrique Lenzi, da Manchester Investimentos. “Era um evento muito aguardado e constantemente adiado”, afirma. No radar corporativo, a Brava chamou atenção com projeções otimistas para 2025, apesar de prejuízo no quarto trimestre, animando investidores.

No cenário internacional, o adiamento de sanções tarifárias pela União Europeia em resposta aos EUA sinaliza um possível diálogo, reduzindo temores de escalada na guerra comercial. Esse contexto favoreceu o apetite por risco, refletido no Termômetro Broadcast Bolsa: 57,14% dos participantes preveem alta do Ibovespa na próxima semana, ante 42,86% na pesquisa anterior.

Cautela com Cenário Econômico Global

Apesar do otimismo, o mercado monitora riscos de desaceleração econômica global, impulsionados pela política comercial americana. Estimativas indicam que o PIB dos EUA pode perder até 1 ponto percentual, segundo analistas. Bruna Centeno, da Blue3 Investimentos, destaca que o Ibovespa operou próximo da estabilidade durante a sessão, influenciado pela alta do dólar (+0,74%, a R$ 5,7177) e da curva de juros doméstica. “O cenário é de incerteza e cautela”, avalia.

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