O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (23) em alta de 1,34%, aos 132.216,07 pontos, atingindo o maior nível de fechamento desde 27 de março. O índice chegou a marcar 133.318,04 pontos na máxima intradiária e movimentou R$ 24,2 bilhões em volume financeiro.
O avanço foi impulsionado pelo tom mais conciliador do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sinalizou disposição para reduzir as tarifas comerciais sobre a China e afirmou não ter intenção de demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Essas declarações aliviaram as tensões no mercado e estimularam o apetite por risco.
Na B3, o destaque positivo foi a JBS (JBSS3), cujas ações subiram 6,38% após a aprovação da Securities and Exchange Commission (SEC) para a dupla listagem da companhia nos Estados Unidos. A medida é vista por analistas como uma oportunidade de destravar valor para os acionistas.
Por outro lado, o setor de petróleo foi pressionado pela queda nos preços da commodity. As ações da PetroRio (PRIO3) recuaram 3,26%, enquanto Petrobras (PETR3 e PETR4) caíram 0,72% e 1,13%, respectivamente, reduzindo o avanço do Ibovespa.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em leve baixa de 0,16%, cotado a R$ 5,7184, refletindo a melhora no cenário internacional. As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) também recuaram, com o DI para janeiro de 2026 caindo de 14,720% para 14,670%.
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários fecharam em alta: o S&P 500 avançou 1,67%, o Dow Jones subiu 1,07% e o Nasdaq teve ganho de 2,50%, acompanhando o otimismo gerado pelas declarações de Trump.
Analistas destacam que, apesar do alívio momentâneo, a volatilidade deve continuar presente nos mercados, especialmente diante das incertezas relacionadas à política monetária dos EUA e às negociações comerciais com a China. O índice de volatilidade VIX permanece elevado, indicando que os investidores ainda estão cautelosos quanto aos desdobramentos futuros.
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