
O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (6) em alta de 1,04%, aos 134.537,62 pontos, sustentado por uma combinação de fatores domésticos e internacionais, incluindo bons resultados corporativos, valorização de ações de peso como Itaú e Petrobras, e expectativa positiva pela reunião virtual entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, marcada para a próxima quarta-feira (13).
Na máxima intradiária, o principal índice da B3 chegou a 135.240,61 pontos, enquanto na mínima tocou os 133.169,04 pontos. O giro financeiro do dia foi de R$ 20,9 bilhões. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto subia 0,94% no fim da sessão, aos 134.715 pontos.
O movimento de alta reflete o bom desempenho de empresas que divulgaram resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25). Os papéis do Itaú (ITUB4), que têm grande peso no índice, avançaram 1,26% após a divulgação de um balanço positivo. A Raia Drogasil (RADL3) teve a maior alta do dia, disparando 18,66%, impulsionada por fortes números operacionais. O setor de saúde como um todo também apresentou valorização significativa.
Já a Petrobras (PETR4) oscilou durante o dia, mas fechou com leve alta de 0,12%, acompanhando o movimento do petróleo no mercado internacional.
Na ponta negativa, Pão de Açúcar (PCAR3) liderou as perdas, com queda de 10,35%, após anunciar redução no plano de abertura de novas lojas em 2025 e 2026.
Expectativas para a economia e cenário externo influenciam mercado
A notícia da reunião entre Haddad e Bessent ganhou peso especial no dia em que entrou em vigor a tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros pelo governo Donald Trump. A expectativa é que o encontro possa amenizar os impactos da medida sobre as exportações brasileiras.
“Os resultados fortes das empresas no 2T25, como Itaú e Raia Drogasil, aliados à queda do dólar e expectativa de juros estáveis, impulsionam o índice. A reunião de Haddad com o secretário dos EUA também traz alívio”, afirmou Ricardo Leite, head de renda variável da Diagrama Investimentos.
“A temporada de balanços surpreende positivamente, com economia resiliente, ainda que com sinais de desaceleração. O peso de Itaú e Petrobras no índice explica boa parte da alta”, acrescentou Pedro Moreira, sócio da One Investimentos.
Dólar e juros futuros recuam com bom humor global
No câmbio, o dólar comercial caiu 0,77%, encerrando cotado a R$ 5,4631, acompanhando o bom humor global e a perspectiva de melhora no cenário político-econômico externo.
“O Brasil segue atrativo para o investidor estrangeiro, com fundamentos sólidos, expectativa de crescimento do PIB e juros reais elevados”, avaliou Cristiano Oliveira, diretor do Pine.
O otimismo também afetou os juros futuros, com quedas em todos os vencimentos. O DI para janeiro de 2026 fechou a 14,905%; o DI para 2027 caiu para 14,160%; o DI para 2028 para 13,480%; e o DI para 2029 para 13,395%.
Mercado internacional fecha em alta com impulso da Apple
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários também encerraram o dia em alta, puxados pela valorização das ações da Apple e pela boa recepção aos resultados corporativos:
- Dow Jones: +0,18%, aos 44.193,12 pontos
- Nasdaq 100: +1,21%, aos 21.169,42 pontos
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