Idosa com 98 anos é homenageada na Câmara de Vereadores de Coronel Vivida

Na última quarta-feira (15), Meda Matilde Ferrazza — idosa com 98 anos de idade — recebeu uma moção de aplausos da Câmara de Vereadores de Coronel Vivida, pelos serviços prestados à comunidade vividense.

Dona Matilde, como é conhecida na cidade, é aposentada e moradora da comunidade do Alto Pinhal, no interior do município. Sua popularidade no município e reconhecimento pela população local se dá por seus serviços prestados, ao longo de anos, às gestantes de Coronel Vivida e região.

Durante um período em Pato Branco teve a experiência de ser parteira. Incentivada por colegas, investiu no trabalho e tornou-se referência em toda região, principalmente depois de se mudar para Coronel em uma época que havia muita necessidade de cuidados na área da saúde, especialmente para as gestantes.

Dona Matilde prestou por muitos anos esse serviço de parteira na região. Quando menos esperava, alguém a chamava para acompanhar um novo nascimento. Nunca negou auxílio aos que precisavam de ajuda. “Recebi convite para trabalhar no hospital, mas com o grande número de filhos, preferi ficar cuidando da família”.

Matilde foi casada com Primo Domingos Ferrazza, com quem viveu por 58 anos. Tiveram 13 filhos, 36 netos, 37 bisnetos e quatro tataranetos. Construíram uma família alicerçada na fé e na amizade com os vizinhos. Sempre partilhando e ajudando nos trabalhos comunitários, auxiliando as pessoas nas doenças, na escola e na igreja.

Dona Maltide conta que quando chegaram na comunidade, não havia escola, igreja e nem estradas. Para catequizar seus filhos, fez curso de catequista e assim acabou sendo a primeira catequista da comunidade que se formava. Viu ser construída a primeira igreja, tendo como padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que por mais de 30 anos zelou nos mínimos detalhes.

Um pouco mais sobre sua história


A idosa nasceu no dia 22 de julho de 1922, em Cruz Alta (RS). Filha de uma família muito pobre, aos 20 anos casou-se com Primo Domingos Ferrazza, em Catuípe (RS). Depois de casados moraram oito anos para lá para cá. “Nós não tínhamos terra e meu sogro era muito pobre. Meu pai também não tinha propriedade. Casamos com nada, foi só no amor e na coragem”.
Moravam em propriedades arrendadas e pagavam porcentagem de toda a produção agrícola. Quando nasceram os três meninos e uma menina, resolveram arriscar a vida no sudoeste do Paraná. Um primo da família comprou um pedaço de terra no Paraná e os convidou a se mudarem com ele. Fizeram a mudança em três famílias num caminhãozinho e chegaram em Pato Branco, onde moraram por quatro anos.
Em Pato Branco seu Primo Domingos exerceu a profissão de carpinteiro e construiu muitas casas. Em 1955 resolverem mudar-se para Coronel Vivida. Foram morar na localidade de Alto Pinhal, onde a matriarca permanece até hoje.


* Conteúdo produzido pela Rádio Pallotti FM e editado pelo Diário do Sudoeste

você pode gostar também
Deixe uma resposta