O polo de Pesquisa e Inovação do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), de Pato Branco, abriu as portas nessa quarta-feira (12), para pesquisadores, extensionistas e estudantes para mais uma edição do dia de campo de feijão. Na ocasião foram apresentadas 26 cultivares, desenvolvidas pelo próprio IDR, mas também pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC).
Engenheiro agrônomo, Germano Kusdra, que coordena os sistemas de produção de feijão e cereais de inverno do IDR-PR, afirma que Instituto atua em 50 municípios anualmente repassando informações sobre o feijão aos produtores, subsídios estes segundo ele que vão de cultivares, a manejo e tecnologias, sempre com a finalidade de ampliar a qualidade e produtividade. “Precisamos motivar o produtor e mostrar que ele pode fazer dinheiro cada vez mais com feijão porque precisamos da produção de feijão porque é alimento básico, então é uma questão de segurança alimentar”, diz ele completando que “precisamos ter oferta do feijão, em uma condição de preço bom para o consumidor, mas também que tenha um bom rendimento ao produtor.”
De acordo com Kusdra, as 26 cultivares trabalhadas pelo IDR-PR, pela Embrapa e pelo IAC, “são cultivares que podem atender a necessidade da propriedade dos agricultores, adaptar a condição que ele tem de produção e do mercado”.
IDR Águia
O pesquisador do IDR-PR, José dos Santos Neto afirma que atividades como a proposta pelo polo de Pato Branco, servem para apresentar as cultivares desenvolvidas pela instituição, buscando levar ao produtor maior produtividade.
Lançada no início deste ano, a cultivar do grupo comercial carioca, IDR Águia, é por assim dizer, a aposta do Instituto a uma maior aceitação no campo, ao mesmo tempo, que os pesquisadores apontam benefícios para os consumidores.
De acordo com Santos Neto ao produtor a variedade se torna atrativa pela produtividade, mas também pela maior resistência as principais doenças, o que resulta em menos aplicações de insumos e por fim, maior lucratividade. “Esta cultivar tem um ciclo médio de 88 dias da emergência a colheita, tendo como principal diferencial a tecnologia estoque”, pontua o pesquisador falando que essa tecnologia tem duas características “o escurecimento lento dos grãos após a colheita e uma tolerância ao avermelhamento dos grãos quando ocorrem chuva próximo ao momento da colheita.”
Já para os consumidores, Santos Neto aponta como vantagens o tempo de cozimento. “Esta é uma variedade que cozinha mais rápido, com tempo de cozimento de 22 minutos, se for recém colhido vai cozinhar com menor tempo”, comenta ao revelar que diferentemente de outras cultivares com escurecimento mais lento, o IDR Águia ainda proporciona um caldo grosso. “Alto teor de proteína, um bom caldo e bom sabor”, completa o pesquisador ao expor vantagens da leguminosa.
Com relação a chegada das sementes certificadas aos agricultores, Santos Neto pontua que estas devem estar disponíveis na próxima safrinha. “Estamos repassando a semente básica para os parceiros produtores de semente, eles vão multiplicar essa cultivar, produzir a semente certificada e vender ao produtor”, comenta
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