Neste domingo, o primeiro-ministro do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, ordenou uma investigação sobre o caso. Em reunião de emergência ontem à noite com altos funcionários do governo, al-Kadhimi disse que o “incidente doloroso” foi causado por negligência. Ele pediu que funcionários do alto escalão do hospital e do Ministério da Saúde sejam interrogados e que outras instalações sejam verificadas para prevenir desastres futuros. Al-Kadhimi declarou três dias de luto nacional.
Conforme o chefe da Defesa Civil do Iraque, general Kadhim Bohan, o incêndio começou na UTI do segundo andar e o fato de que o segundo andar estava cheio de pacientes com covid-19 em ventiladores dificultou a movimentação para sair do local e levou ao alto número de mortos, disse Bohan à televisão estatal. Estados Unidos, Nações Unidas e vários países vizinhos expressaram condolências ao Iraque neste domingo pela tragédia.
Este não foi o primeiro incêndio com grande número de mortos em hospitais que atendem pacientes com covid-19. Na semana passada, um indêncio em um hospital perto de Mumbai, na Índia, matou pelo menos 13 pessoas. Dois incêndios em hospitais separados na Romênia, um em novembro e outro em janeiro, mataram ao menos 15 pessoas.
Nas últimas semanas, o número de casos diários no Iraque atingiu níveis recordes, uma média de mais de 7 mil por dia. O Iraque relatou mais de um milhão de casos do vírus e mais de 15,2 mil mortes desde o início da pandemia. O país iniciou campanha de vacinação no mês passado depois de receber 336 mil doses da vacina da AstraZeneca por meio do Covax, o programa global de compartilhamento de vacinas. O Iraque também recebeu 50.000 doses da vacina chinesa Sinopharm.
(Com Dow Jones Newswires)
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