“A Uefa lembrou às seleções participantes que os patrocinadores são essenciais para a realização do torneio e para garantir o desenvolvimento do futebol em toda a Europa, incluindo para jovens e mulheres”, disse a entidade, em comunicado. Martin Kallen, diretor desta Eurocopa, disse que todas as equipes foram informadas sobre o assunto.
A polêmica teve início na segunda-feira, quando Cristiano Ronaldo removeu duas garrafas de Coca-Cola da bancada. Em seguida, levantou uma garrafa de água, sugerindo que indica apenas o líquido incolor como bebida e colocou o item à sua frente na bancada da coletiva.
O vídeo mostrando o ato do português viralizou rapidamente e virou meme. No mesmo dia, as ações da Coca-Cola na bolsa oscilaram para baixo, mas se recuperaram rapidamente. No dia seguinte, o volante francês Paul Pogba fez o mesmo com uma garrafa de Heineken. A cerveja era sem álcool, mesmo assim o jogador muçulmano acabou removendo o item da bancada.
Por fim, na quarta, o italiano Manuel Locatelli repetiu o gesto de Ronaldo e tirou o refrigerante diante de si, para não aparecer na sua frente enquanto concedia coletiva. Nesta quinta, o atacante ucraniano Yarmolenko brincou com a situação e colocou todas as garrafas diante de si na entrevista e ainda pediu aos patrocinadores para ligarem para ele.
Martin Kallen disse que a Uefa só poderia abrir uma exceção no caso de conteúdo alcoólico diante de jogadores que não consomem este tipo de bebida por motivos de religião. “Não precisamos ter uma garrafa ali (nestes casos”, declarou o dirigente da Uefa.
A Coca-Cola e a Heineken estão entre os 12 patrocinadores masters da Eurocopa deste ano. Com estes apoios, o campeonato deve levantar uma receita de 2 bilhões de euros (R$ 12 bilhões) para a Uefa. Os valores individuais de cada patrocinador não são revelados, mas a entidade arrecadou com as empresas apoiadoras 483 milhões de euros (R$ 2,9 bilhões) na última edição da Eurocopa, em 2016.
Comentários estão fechados.