Os dados fazem parte de levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
A pesquisa considera os resultados de 18 empresas associadas, com atuação concentrada na Região Sudeste, principalmente na região metropolitana de São Paulo.
A pesquisa mostrou também que as vendas totais no primeiro trimestre subiram 21%, para 34.823 unidades, e nos últimos 12 meses avançaram 27,1%, para 144.688 unidades. Por sua vez, as vendas líquidas – excluindo os distratos – cresceram 22,3% no primeiro trimestre e subiram 28,3% nos últimos 12 meses.
Para o presidente da Abrainc, Luiz França, o bom ritmo de lançamentos e vendas no primeiro trimestre demonstra que a confiança dos empreendedores permanece inalterada, assim como a demanda dos consumidores pela aquisição da casa própria.
“O ambiente de negócios permanece propício, com grande atratividade para o investimento em imóveis em comparação com as aplicações financeiras tradicionais”, disse, citando o juro real negativo (IPCA acima da Selic), que estimula a migração de investimentos em renda fixa para aplicações de maior risco.
França também citou que são favoráveis as perspectivas para quem busca a primeira moradia, por conta das taxas de juros baixas dos financiamentos imobiliários. Outro ponto que tem sido visto desde o começo da pandemia foi a procura por imóveis maiores, já que as pessoas têm passado mais tempo em casa.
“Ninguém esperava que o mercado imobiliário teria o comportamento que teve na pandemia. Foi uma surpresa muito grande para economistas, empresários e investidores”, emendou França, referindo-se aos resultados obtidos até aqui.
O presidente da Abrainc lembrou ainda que o setor foi classificado como “serviço essencial”, o que permitiu que os canteiros de obras permanecessem abertos, sustentando empregos na construção. Já os estandes tiveram que ser fechados junto com o comércio.
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