Ao se referir à queda do consumo no mês de junho, o vice-presidente institucional e administrativo da Abras, Marcio Milan, disse que o recuo guarda relação com o aumento dos preços das commodities como milho e soja, que entram na composição de ração animal por conta da longa estiagem nas zonas produtoras, e pelo fato de o mercado exportador continuar muito aquecido.
“Isso tudo conjugado leva ao aumento dos preços”, disse o executivo.
Mas as perspectivas, de acordo com Milan, especialmente para o segundo semestre são boas e caminham na esteira da liberação do lote terceiro lote de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física, prorrogação por mais três meses do auxílio emergencial para 5 milhões de pessoas, sem contar o avanço na vacinação, que deixa o consumidor maia à vontade para sair às compras.
No geral, de acordo com Milan, trata-se de uma entrada na economia de R$ 82 bilhões. Além disso, o vice-presidente da Abras considera nas suas previsões as datas comemorativas no segundo semestre como o Dia dos Pais e a Black Friday, que vem impulsionar as vendas.
Contudo, a Abras manteve para 2021 a projeção de crescimento de 4,5%. “Em maio, considerando a expectativa do governo em relação a um crescimento de 3,9% do PIB e expansão de 4% da indústria, nós projetamos crescimento de 4,5%. Agora a projeção para o PIB é de 5,2% e a indústria espera crescer 5%. Mas mantemos nossa previsão de 4,5% porque percebemos essa pequena queda em junho. Em setembro faremos nova projeção”, disse.
Empregos e lojas
O setor supermercadista abriu 42,785 mil novos postos de trabalho no acumulado deste ano até junho, informou Márcio Milan.
No mesmo período, conta o executivo, o setor abriu 60 novas lojas. “Isso corresponde a uma loja sendo aberta a cada três dias”, disse.
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