Renovação do Plano Local de Habitação de Interesse Social proporcionará ao município maiores subsídios do Governo Federal em programas habitacionais
Hoje (1º) a tarde, o Departamento de Habitação de Interesse Social de Mangueirinha discutirá, em audiência pública, os dados habitacionais do município. A intenção é atualizar o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) para que a população consiga mais subsídios na hora de comprar a casa própria.
De acordo com o diretor do departamento, Sandro Márcio de Mello, após rever o plano, Mangueirinha poderá ingressar em futuros programas habitacionais com maior facilidade porque terá como provar que realmente precisa da ajuda federal.
“Se o município comprar uma área e ter acesso à linha de habitação do Governo Federal, que hoje é o Casa Verde e Amarela, o cidadão pagará um valor menor na entrada do financiamento. Isso sem contar que, como o município disponibiliza a infraestrutura, o preço para ter o imóvel próprio cai ainda mais”, explicou.
Após audiência pública, que é aberta a toda população de Mangueirinha, plano passará por votação e, se aprovado, será encaminhado ao Governo Federal, para conhecimento da atualização dos dados habitacionais no município.
O Departamento de Habitação de Interesse Social é responsável pela revisão do PLHIS e conta com uma equipe multidisciplinar para trabalhar na revisão e na atualização do plano e, principalmente, no planejamento de ações para reduzir o deficit habitacional nas áreas rurais e urbana.
Índices atualizados
Hoje, conforme dados da Cohapar, 2.138 pessoas de Mangueirinha só conseguiriam comprar sua casa própria através de programas sociais da companhia.
No entanto, esse índice pode ser menor, como aponta Mello. Segundo ele, um levantamento feito pelo próprio Departamento de Habitação do município aponta que 813 famílias, de fato, precisariam ingressar em um programa social para comprar uma casa — 614 na área urbana e 199 na área rural. Esse número atualizado diz respeito a famílias que não tem onde morar ou vivem de aluguel, tem moradia provisória ou de risco.
Os dados do município diferem do sistema da Cohapar porque boa parte das pessoas que se inscrevem no site da companhia não se enquadram nos programas habitacionais do governo.
Além de uma atualização do quantitativo de residências que Mangueirinha precisaria erguer para amparar famílias em situação de vulnerabilidade, o departamento de habitação prevê, no novo plano, que 255 residências precisam de unidades sanitárias, ou seja, de banheiro ou fossa séptica —155 na área urbana e 100 na área rural.
Um outro dado que será debatido na audiência é com relação a coleta de lixo. Conforme o levantamento, 1.226 residências precisam se conscientizar quanto ao descarte correto do lixo ou necessitam da coleta em si — 351 na cidade e 875 no interior.
Os dados do Departamento de Habitação informam também que 280 moradias do município sofrem com a falta de água, sendo 143 na zona urbana e 137 na área rural.
De acordo com o levantamento, a região do bairro Nova Esperança, conhecida como área do Jardim América II, é a que mais possuí famílias que se enquadrariam em programas sociais de habitação.