Europa e América do Sul já acenaram contra a ideia de reduzir a distância entre as competições de quatro para dois anos, mesmo assim Infantino se mantém irredutível na ideia da mudança, com discurso de que seria “mais justo.”
“Acontece em todos os setores da vida, quando há reformas e mudanças, aqueles que estão no topo não querem que nada mude”, discursou Infantino no Cairo, capital do Egito. “Eles temem, talvez, que se algo mudar sua posição de liderança estará em risco.”
Apenas seleções da Europa e da América do Sul englobam o Top 10 do ranking de seleções, com Bélgica em primeiro e Brasil e Argentina em segundo e quinto, respectivamente. Os representantes do dois continentes formaram as 21 decisões da Copa do Mundo.
Infantino sonha em ver representantes de outros continentes conseguindo a façanha. Eles novamente serão maioria no Catar, ocupando 18 das 32 vagas. “Compreendemos isso, os parabenizamos e aplaudimos por terem tido tanto sucesso em chegar ao topo”, disse Infantino. “Isso é fantástico e eles são um exemplo para todos. Mas, ao mesmo tempo, não podemos fechar a porta para os outros.”
Infantino faz pressão por Copas do Mundo bienais para ajudar outras regiões a se desenvolverem e diminuírem essa diferença, dando às nações mais chances de se classificarem e, aos jogadores, mais oportunidades de atuarem no maior palco do futebol mundial.
Na história, nenhuma seleção africana chegou a uma semifinal masculina e o continente tem apenas cinco das 32 inscrições. Isso sobe para pelo menos nove quando o torneio de 48 equipes for lançado, em 2026. “É nossa responsabilidade manter o sonho aberto para dar oportunidades a todos”, concluiu o dirigente.
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