Infantino voltou a classificar de “inaceitável” e “inimaginável” a criação de uma Superliga Europeia, anunciada no último dia 18 por 12 clubes de Inglaterra, Espanha e Itália, à revelia da Uefa e das federações nacionais, que foi suspensa dois dias depois.
O dirigente considerou que eventuais sanções devem ser impostas, “em primeiro lugar”, pelas autoridades nacionais, depois pela Uefa e, finalmente, pela Fifa. “Ao punir um clube, punem-se também jogadores, treinadores e torcedores, que nada têm a ver com isto”, disse, acrescentando: “Prefiro sempre privilegiar o diálogo em detrimento do conflito, mesmo nas situações mais delicadas”.
O presidente da Fifa defendeu que “é preciso ouvir todos” para perceber como o futebol chegou “ao atual estado” e insistiu na necessidade de reformas, algumas já em andamento, em várias áreas, como o mercado de transferências e o limite nas comissões dos empresários.
Infantino abordou também a importância de promover “a estabilidade econômica” e o “equilíbrio competitivo”, que envolve temas como “a criação de limites salariais e de transferências”.
O projeto de criação da Superliga Europeia foi anunciado por Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Internazionale, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham, à revelia da Uefa, federações nacionais e vários outros clubes. A competição deveria ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco qualificados anualmente.
As críticas surgiram de imediato e de vários setores do futebol, com a Uefa garantindo que iria excluir todos os clubes que integrassem a competição, e o projeto acabou por ser suspenso dois depois de ter sido apresentado, com os clubes ingleses a serem os primeiros a anunciarem o abandono.
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