Inflação fecha em 0,56% em dezembro e alta de 4,62% em 2023

Nesta quinta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA de 2023. A inflação oficial do país, medida pelo índice, foi de 4,62%. Conforme o comunicado, o resultado ficou abaixo do teto da meta de 4,75%, determinada pelo Conselho Monetário Nacional – CMN, e inferior aos 5,79% registrados no ano anterior.

Segundo o relatório, o grupo Transportes (7,14%) foi o principal responsável por esse resultado, com o aumento acumulado da gasolina (12,09%). Este combustível tem a maior influência entre os subitens investigados no IPCA e, ao longo do ano, contribuiu de forma mais significativa individualmente (0,56 %) para o resultado geral. Além disso, ocorreram a reoneração dos tributos federais e mudanças nas cobranças do ICMS durante o período.

Dentro desse conjunto, destacam-se também aumentos significativos nos custos de emplacamento e licença, que registraram uma variação de 21,22%, e nas tarifas de passagens aéreas, apresentando um aumento de 47,24%. Por outro lado, observa-se uma desaceleração nos preços de automóveis novos, que aumentaram apenas 2,37% em relação ao ano de 2022, marcado por uma taxa de 8,19%. Além disso, houve uma queda de 4,80% nos preços dos automóveis usados.

Já o grupo de Alimentação e Bebidas, que possui a maior relevância no IPCA, apresentou um aumento não tão acentuado de 1,03%, influenciado pela retração nos preços da alimentação no domicílio (-0,52%). Destaca-se nesse grupo a queda do óleo de soja (-28,00%), do frango em pedaços (-10,12%) e das carnes (-9,37%). Esse movimento para baixo, na análise do instituto, é reflexo das safras consistentes e das quedas nos preços das commodities no mercado internacional como soja e milho.

Dezembro

No mês de dezembro, a inflação marcou 0,56%, e todos os nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa registraram alta. A maior delas veio de alimentação e bebidas (1,11%), superior ao mês anterior, que marcou 0,63%.

Clima e chuvas desfavoráveis à agricultura no período foram os principais fatores que influenciaram os preços de alimentos em dezembro.

Na sequência, os transportes apresentaram alta de 0,48%, sendo impactados pelo aumento nas passagens aéreas (8,87%). Por outro lado, todos os combustíveis pesquisados tiveram deflação de 0,50%, com destaque para o óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%), favorecendo o índice de dezembro.

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