“A inflação tem peso relevante, isso ai não tem dúvida. Não é um fator desse trimestre especificamente”, disse Rebeca. “Na verdade, ela já estava afetando até antes. A gente já estava comentando dela (inflação) afetando essa parte da inflação de alimentos e bebidas”, apontou.
Segundo Rebeca, o poder de consumo das famílias vêm sendo prejudicado pela inflação e pelo aumento dos juros, além de dificuldades enfrentadas no mercado de trabalho.
Questionada se o desempenho do consumo das famílias é o que vem impedindo um resultado melhor do PIB, Rebeca confirmou que a trajetória de ambos costuma seguir tendência semelhante na série histórica. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias respondia por 62,7% do PIB em 2020.
“Realmente ela (a economia) tem peso muito grande do consumo das famílias. Até pelo peso, a trajetória do PIB não descola tanto da trajetória do consumo das famílias em geral”, afirmou a coordenadora do IBGE.
Segundo Rebeca, o consumo das famílias no segundo trimestre teve ligeira alta de 0,04% em relação ao primeiro trimestre, que, pelo arredondamento, ficou em 0,0%. “Se fosse um pouquinho maior, dava 0,1%”, apontou.
Comentários estão fechados.